A novela da provável renúncia do triunvirato xavante segue sem um capítulo final. Na terça-feira (12), surgiu a informação dita por Ricardo Fonseca que a carta já havia sido entregue no clube, mas até o momento a saída do trio não se confirmou.

Funcionários do Rubro-Negro e o presidente do Conselho Deliberativo (CD), Pablo Chagas, disseram ao Diário Popular que ainda não receberam a carta. Caso a saída da Executiva aconteça, o estatuto do Brasil indica, no parágrafo D do artigo 40, que cabe ao CD a administração do clube pelos 30 dias seguintes. Depois, então, poderiam acontecer eleições presidenciais.

Procurados pela reportagem, membros do triunvirato dizem que ainda estão definindo a situação e que não pretendem se manifestar publicamente no momento. Enquanto isso, o presidente do Conselho Deliberativo do Brasil lamenta a demora para uma definição, que atrasa o planejamento para a temporada 2024.

"Nenhuma novidade. Continuam sem renunciar e sem afirmar que continuarão no clube, inviabilizando a cada dia mais a possibilidade de reorganizar [o clube]. O que posso fazer é o que está sendo feito, uma análise sobre a gestão do clube quanto aos procedimentos, se estão regulares ou não", diz Pablo ao DP.

O presidente do CD destaca também o tempo que está sendo desperdiçado pela indefinição da Direção Executiva em mais um momento de reconstrução do Brasil. "Há muito tempo não temos um tempo assim pra reorganizar e planejar o clube. O futebol é o produto final e, por isso, tem relevância, obviamente. [...] Infelizmente, não conseguem entender isso, ou não querem entender. O 'campo' é o resultado de todo um trabalho, de todos, começando pelo planejamento orçamentário, inclusive", desabafou o líder do Conselho xavante, recém empossado após aclamação da chapa na última assembleia geral.

Situação atual

O triunvirato está administrando o clube desde a destituição de Evânio Tavares do cargo de presidente, em junho. Além de Ricardo Fonseca (futebol), Júlio Sanabria (administrativo) e José Argoud (financeiro) completam o trio. A maior queixa de Ricardinho para deixar o cargo é pela falta de apoio de nomes experientes da política xavante para auxiliá-los.