Transtorno

16 apartamentos são interditados no Areal

O local apresenta rachaduras e moradores corriam risco de vida

Carlos Queiroz -

O bloco C do Residencial Regente, localizado na rua Doutor Victor Russomano, 275, foi interditado na noite desta terça-feira (6). O Corpo de Bombeiros recebeu uma denúncia de um ex-morador alertando que a estrutura estaria comprometida por rachaduras. A maioria das famílias dos 16 apartamentos procurou abrigo nas casas de parentes.

Após a notificação, a equipe dos bombeiros esteve no local e comprovou que haviam fissuras medindo entre 1,5 e dois centímetros. Além disso, houve a constatação do desprendimento de vigas de estrutura. Então, a medida imediata foi a interdição do local, pois o bloco apresenta elevada probabilidade de colapso e eminente risco à vida dos moradores.

De acordo com o sargento Jahnke, os piores comprometimentos estão localizados no quarto andar. Ele ainda informou que a administradora enviou um responsável técnico no local, mas o profissional não quis se responsabilizar pela edificação do bloco. O residencial não possui alvará de prevenção contra incêndio desde o dia 5 de janeiro de 2012. Após o vencimento, o condomínio recebeu notificação de infração por não ter apresentado o documento de acordo com a Lei Kiss, mas nenhuma providência foi tomada.

A moradora Melaine Mazon conta que o prédio existe há 14 anos, e em seguida da inauguração já começou a apresentar problemas. Na época, os habitantes solicitavam os reparos à administradora e era dito que "o bloco havia 'trabalhado', mas que não corria risco". Somente há dois anos o prédio possui uma síndica no local; antes o responsável era um funcionário diretamente ligado à Caixa Econômica Federal. Para Melaine, os transtornos estão recém começando. Mãe de dois filhos, a advogada foi para a casa de familiares na praia do Laranjal. "Meus filhos estudam aqui perto, não sei como fazer de agora em diante", desabafou.

A aposentada de 73 anos, Maria Universina Ferreira, estava à espera do filho para ver onde iria conseguir se abrigar. Ela contou que levou diversas reclamações à administradora, mas não foi ouvida. "Nunca tive resultados". Moradora do térreo, Maria relatou que há um tempo o piso do apartamento cedeu e os custos da reforma foram arcados por conta própria.

Síndica do residencial desde maio, Miriam Leal tinha conhecimento do problema e a intenção de terminar com ele. No momento, a responsável pelo condomínio diz que estava empenhada para obter novamente o alvará. "Estou em diálogo com a construtora para a conseguir o documento", contou.

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