Impactos da enchente

Porto de Pelotas segue com as operações suspensas por tempo indeterminado

Com a fábrica de celulose atingida pela enchente, as toras de madeira, responsáveis por 95% da movimentação do terminal, estão paralisadas

Foto: Divulgação - Portos RS - Outro fator que motivou a suspensão das atividades no porto foi a área de risco, pela proximidade com o canal São Gonçalo

A Portos RS comunicou nesta segunda-feira (13) que as operações no Porto de Pelotas continuam suspensas devido aos impactos das enchentes no Estado. O terminal do Município, assim como o de Porto Alegre, está fechado desde o dia 4 de maio e não há previsão para a retomada das atividades. As toras de madeiras são o produto que movimentam o cais pelotense, com as cheias, a principal empresa que faz o carregamento em direção a Guaíba suspendeu as operações. Em Pelotas, nestes nove dias, 60 mil toneladas deixaram de ser embarcadas.

Responsável por 95% das operações, a madeira que sai do Município vai para uma fábrica em Guaíba para ser transformada em celulose, que posteriormente é desembarcada no Porto de Rio Grande. “Ela suspendeu as atividades, consequentemente também estamos parados. O prejuízo que tem é econômico, que é o que todo o Estado está tendo. Tem mais impacto na economia do que propriamente no Porto”, diz o Gerente de Operações, Antônio Ozório.

Neste período, 30 barcaças deixaram de embarcar em Pelotas, com 60 mil toneladas. “Neste momento nós não temos uma dimensão de até quando essas empresas vão ficar em stand by, se recuperando. Estamos muito na expectativa de identificar todos os prejuízos ainda”, complementa. Outro fator que motivou a suspensão das atividades no porto foi a área de risco, pela proximidade com o canal São Gonçalo.

Diante disso, a maioria dos funcionários foram dispensados e os processos administrativos estão sendo elaborados em regimes de plantão. Isso porque há previsão de embarcações da Marinha com mantimentos atracando no Porto. Enquanto a água do São Gonçalo não subir a ponto de invadir o cais, as operações podem ser realizadas normalmente. “Levantamos e tiramos equipamentos com mais risco, veículos, caminhões, é uma questão preventiva”, diz sobre o nível da água. As paralisações de carregamento no Porto de Pelotas também são de produtos como o clínquer e a soja.

Porto de Rio Grande
Até o momento nenhuma embarcação foi impactada no Porto de Rio Grande. Diante das várias rodovias bloqueadas no Estado e a demora dos caminhões para chegar em Rio Grande há possibilidade de interferência na logística de carregamentos. No entanto, atualmente a operação segue ocorrendo normalmente e atualmente os terminais ainda têm cargas para os navios que estão chegando. Além disso, o terminal tem sido o ponto de chegada de ajuda humanitária.

“Toda essa chuva nas regiões produtoras vai impactar mais na frente, ainda tem um período para a gente sentir esse reflexo”, explica o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger. A soja deverá ser o grão com maior queda na movimentação e consequentemente na exportação, já para o arroz, a estimativa de exportação para esse ano deverá ser alcançada em razão de que maior parte das lavouras já estavam colhidas.

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