Problema
Trecho da Sanga Funda sem iluminação gera riscos a circulação
No seguimento da avenida Ildefonso Simões Lopes, o tráfego de ciclistas retornando do trabalho a noite é grande; sem luz o temor é pela criminalidade e acidentes
Foto: Volmer Perez - DP - Falta de luz no local preocupa moradores
Com cerca de 90% do Município iluminado com led, é visível que a claridade e a circulação foram melhorados nos pontos revitalizados. Entretanto, em um dos locais em que o novo sistema foi instalado, há um trecho em que não só o led não chegou, como nenhum tipo de iluminação foi instalado desde a criação da via. Localizado na avenida Ildefonso Simões Lopes, após o Parque Lobão, a extensão de seis postes apagados causa sensação de insegurança perante a criminalidade e a intensidade do trânsito.
No seguimento que já é considerado parte da Sanga Funda, o ponto de escuridão total, com cerca de 300 metros em meio à via bem iluminada, chama a atenção. Com uma ciclofaixa que segue até a entrada principal do bairro, a movimentação de ciclistas no início da noite é grande, muitos são trabalhadores retornando para a casa. Combinado com as bicicletas, o tráfego conta com veículos em alta velocidade, já que se trata de uma avenida com grande extensão.
A reportagem esteve no local, no meio da semana, por volta de 20h30min, e presenciou o cenário descrito. Moradores em frente ao trecho sem iluminação relatam que ali nunca houve a instalação de lâmpadas devido a um problema com a extensão da rede elétrica. "Essa escuridão é desde sempre. A rede vem só até aquele poste ali, reclamamos várias vezes, aí eles vieram aqui e colocaram só os braços só que não fizeram a rede, então tem seis postes sem iluminação", relata Júnior Mascarenhas.
Conforme o morador, a intensidade da movimentação neste trecho é grande diariamente e, além da periculosidade do trânsito que a escuridão causa aos pedestres e ciclistas, outro temor das pessoas é com relação à criminalidade. "É um local bem perigoso porque tem uma entrada para o campo aqui do lado e antes estava dando bastante assalta, agora parou um pouco", relata. Ele conta ainda que há mais de quatro entrou em contato com o Município solicitando a ligação elétrica, mesmo assim ainda não teria tido uma previsão de solução. "Chega seis horas da tarde e já não tem mais iluminação. Para chegar a noite é perigoso, a gente já liga para alguém em casa para acender as luzes da rua e esperar com o portão aberto para não ficar de carro muito tempo aqui na frente".
Em uma das várias bicicletas que passavam no trecho, uma das ciclistas estava retornando do trabalho. Realizando o trajeto quase todos os dias, Samanta Falcão diz que o medo de transitar no ponto de escuridão está sempre presente. "Eu acho horrível porque as vezes eu venho mais tarde e não tem nem movimento de carro, eu fico apavorada porque andam pessoas a pé e geralmente é homem bebendo".
A cabeleireira conta que quando sai mais tarde do serviço chama um carro por aplicativo, mesmo assim não há condições para o custo desta despesa corriqueiramente. "Não é todos os dias que eu posso pagar. Quando chega nessa parte aqui eu venho correndo [de bicicleta]. Para enxergar mesmo só se tiver em cima, é brabo [diz sobre os veículos]".
Solicitação
Assim como já havia explicado o morador da localidade, a secretária de serviços urbanos e infraestrutura, Lúcia Amaro, diz que no trecho não há rede baixa. Diante disso, a pasta teria feito a solicitação de instalação à CEEE-Equatorial para posteriormente ser feita a ativação dos pontos de iluminação.
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