Ano letivo

Antes do retorno às aulas

É hora de preparar a compra do material escolar e pesquisar os preços no comércio

Gabriel Huth -

O material escolar já começa a tomar o lugar principal nas vitrines e prateleiras dos estabelecimentos comerciais do ramo e chega ao consumidor com reajustes que variam entre 8% e 10% em relação ao preços praticados no ano passado. De acordo com a Associação Brasileiras dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório (Abfiae), os índices repassam os aumentos dos valores das matérias primas e salários das categorias que atuam no setor de fabricantes, além da elevação do dólar e dos tributos que incidem sobre os itens escolares.

Proprietária de uma livraria, Clara Macedo, diz ainda não ter recebido toda a linha de material escolar, até porque o movimento começa mesmo a partir do fim do mês. O percentual de reajuste não foi surpresa para ela, que comenta ocorrer aumento todos os anos e em torno do mesmo índice. Em outros dois estabelecimentos também ainda não chegaram todos os itens e a procura está devagar.

Só os pais mais prevenidos começaram a pesquisar preços e iniciar a compra, que fica entre R$ 200,00 e R$ 300,00, segundo informaram. A técnica de enfermagem, Inajara Andrade, 33, afirma que os preços dos cadernos estão mais em conta este ano. Ela investigava os valores para adquirir os itens da lista escolar da filha, no quarto ano. Além de tentar conseguir valores melhores, fala que comprar antecipadamente a livra das filas.

Já a servente Maristela Duarte, 46, considera que está caro. “Estou levando um susto”, comenta ela, que tem um filho no quinto ano e gasta cerca de R$ 300,00 com o material do ano. Conforme a Abfiae, a vilã dos aumentos é a tributação excessiva. A assessoria da entidade informa que recentemente o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) divulgou que os artigos escolares são taxados em até 47%, a exemplo das canetas esferográficas.

Itens como apontador e borracha escolar têm alíquota de 43%. Para cadernos universitários e lápis, o valor chega a 35%. A Associação ressalta que há projetos tramitando há mais de cinco anos na Câmara Federal e que poderiam reduzir ou eliminar os impostos incidentes sobre o material escolar.

O que não pode estar na lista
O Procon Pelotas alerta que de acordo com a lei 12.886/2013 não pode ser incluso na lista materiais de uso coletivo, higiene e limpeza ou taxas para suprir despesas com água, luz, telefone, impressão e fotocópia. A escola também não pode exigir que os pais comprem o material no próprio estabelecimento e nem determinar marcas e locais de compra, somente quando o material didático utilizado for apostilas.

Os familiares devem estar atentos também aos preços e marcas, pois os valores geralmente estão ligados à qualidade do material, com exceções. Há estabelecimentos que realizam promoções. Por isso é importante pesquisar para encontrar o lugar que oferece itens de qualidade e com custo mais em conta, já que há variações de um local para outro.

Diferença
A reportagem do Diário Popular realizou pesquisa em três estabelecimentos e encontrou os seguintes preços de uma lista básica de material escolar, que variam de acordo com o modelo e a marca:

Apontador de lápis - Entre R$ 0,50 e R$ 3,99

Borracha - De R$ 0,40 a R$ 2,75

Caderno universitário capa dura - R$ 9,60 a R$ 24,90

Caneta esferográfica - R$ 1,00 e R$ 2,50

Caneta hidrográfica - R$ 12,90

Cola branca - R$ 1,80 a R$ 2,75

Fita corretiva - R$ R$ 14,60

Giz de cera estojo 12 cores - R$ R$ 3,90 a R$ 4,75

Lápis de cor - R$ 3,00 a R$ 11,00

Lápis preto - R$ 0,80 a R$ 1,50

Lapiseira - R$ 2,99 a R$ 3,90

Marca texto - R$ 2,50 a R$ 3,99

Massa de modelar - R$ 4,99

Pintura a dedo - R$ 2,99 a R$ 11,90

Refil para fichário universitário - R$ 9,90

Régua plástica - R$ 1,00 a R$ 2,50

Tesoura escolar - R$ 2,00 a R$ 4,80

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