Protesto
Após pagar salários, Cosulati volta a operar
Funcionários só retomaram os postos de trabalho no meio da tarde desta segudna, depois de identificado o último depósito dos vencimentos que faltavam
Paulo Rossi -
Atualizada às 19h58
A relação entre patrões e funcionários está frágil na Cooperativa Sul-Rio-Grandense de Laticínios (Cosulati), em Capão do Leão. Até o meio da tarde desta segunda-feira (11), 183 funcionários cruzaram os braços. A fábrica ficou parada. Motivo: segundo eles novamente o atraso no pagamento de salários. Há pouco mais de um mês a categoria paralisou os serviços pela mesma razão.
A mobilização em frente à unidade iniciou às 6h. Naquele momento cerca de 65% do quadro de funcionários estava com os vencimentos referentes à folha de junho atrasados. O acordo com a empresa, no entanto, era de que até a última sexta-feira, dia 8, todos os salários estariam atualizados.
Em solidariedade aos colegas, todos os empregados resolveram protestar em frente à unidade Danby - entre eles os que já haviam recebido. A cooperativa voltou a operar a partir das 15h, quando foi identificado o último pagamento em falta.
Um dos funcionários, que preferiu não se identificar, disse que a direção da empresa fez uma reunião na semana passada, quando ficou garantido o ressarcimento. “Não queremos mais dialogar. Se o dinheiro for depositado, vamos trabalhar”, declarou. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Cooperativas da Alimentação de Pelotas novamente apoiou o ato dos funcionários da Cosulati.
Do outro lado, a resposta é que houve depósito de pagamento conforme o combinado. O gestor adjunto da Danby Cosulati, Jones Raguzoni, afirmou que os salários foram ressarcidos na sexta-feira, entretanto, como trabalham com diferentes bancos, alguns pagamentos foram compensados nesta segunda-feira.
Para lembrar
Há 35 dias, pelo mesmo motivo, cerca de 100 funcionários abandonaram os postos de trabalho e se mobilizaram em frente ao prédio da empresa. Após longa negociação, as atividades foram retomadas. Desde o fim do ano passado, segundo representantes do Sindicato da Alimentação, o pagamento quinzenal foi suspenso devido à crise instalada na cooperativa.
Agora, pela segunda vez, houve o atraso nos salários e, dada a situação financeira delicada, com demissões e paralisação das atividades nos abatedouros de aves no Morro Redondo e em Canguçu, o problema indica que poderá se repetir.
(Colaborou Cíntia Piegas)
Carregando matéria
Conteúdo exclusivo!
Somente assinantes podem visualizar este conteúdo
clique aqui para verificar os planos disponíveis
Já sou assinante
Deixe seu comentário