Eventos
Arte e cultura estiveram em alta no final de semana
Da Virada Cultural, iniciada no sábado e finalizada no domingo, ao aniversário da Xavabanda, Pelotas ofereceu muita atrações artísticas ao público
Jô Folha -
A diversidade artística mais uma vez marcou a Virada Cultural de Pelotas. A terceira edição do evento começou na noite de sábado (18), com apresentações musicais, e se estendeu pelo domingo (19) com atividades gratuitas no centro, na Colônia Z-3 e na praça Céu do Dunas. Foram 24 horas com atrações também nos segmentos da dança, teatro, cinema e literatura.
No sábado, a primeira atração musical da Virada levou ótimo público ao salão Nobre da Bibliotheca Pública Pelotense para acompanhar a apresentação do projeto Insula Jazz. O duo é formado pelo pianista Maher Beauroy, da Ilha da Martinica, e pelo franco-argelino Redha Benabdellah, no alaúde. Junto com um percussionista, os músicos encantaram com interpretações de altíssima qualidade ao estilo world music.
O cantor e compositor paulistano Arnaldo Antunes, atração nacional mais esperada do evento, apresentou-se na noite de sábado no Palco Cidade, montado no Largo Edmar Fetter, no Mercado Central. Esperou pelo músico um público caloroso em plena noite fria de primavera, que antes das 21h, já se aglomerava no local e lotou o espaço.
Com Antunes, a partir das 23h, o público cantou e dançou embalado por canções sucesso na carreira do ex-Titã, como, 2 Perdidos, A casa é sua e Velha infância, entre outras. Cerca de uma hora antes o Palco Cidade abrigou o som pop eletrônico da banda pelotense Musa Híbrida que cativou a plateia.
O secretário de Cultura, Giorgio Ronna, disse que a ideia foi fazer uma programação que evidenciasse a efervescência cultural da cidade e que mostrasse essa pluralidade, contemplando todos os estilos musicais e segmentos artísticos. Nesta edição, por exemplo, os locais contemplados foram a Colônia Z-3, que recebeu um festival cultural durante todo o dia de domingo, e a praça Céu no Dunas com oficinas e apresentações artísticas.
Além dos selecionados pelos editais da Secult, a programação contou com a parceria do Sesc e da Aliança Francesa, que trouxe o Insula Jazz. Para Ronna, a Virada veio para ficar e já foi abraçada pela comunidade.
Público aprova
A psicopedagoga Margareth Peres, 48, que foi ao evento pela primeira vez, no sábado, não se preocupou em conferir a programação. "Nem sabia que tinha show do Arnaldo Antunes, vim para prestigiar o evento mesmo", disse.
Estreante na Virada Cultural, Margareth gostou do clima no Largo Edmar Fetter e se disse impressionada com a organização. "Ambiente familiar e a organização com as cadeiras ficou bem aconchegante."
A estudante de Medicina Carolina Malhão, 30, também participou da programação pela primeira vez. A acadêmica mora em Lajeado e se programou para vir a Pelotas especialmente nesta data. "Fiquei sabendo pelas redes sociais." Depois do show, Carolina e o namorado foram conferir a programação da Casa Las Vulvas, que começou pós meia-noite.
Diferentemente de Carolina, a administradora Simone Manetti, 33, acompanhou a edição do ano passado da Virada Cultural e agora se manteve informada pelas redes sociais para saber em qual atividade apostar. "Evento muito legal, mais uma vez Satolep nos presenteando com coisas boas", comentou.
Moradora do centro da cidade, Simone e a amiga a farmacêutica Betânia Nunes, 41, pretendiam acompanhar outras ações que ocorreram durante o domingo no Largo do Mercado.
O patrono da Feira do Livro, jornalista e escritor Klécio Santos, acompanhou as apresentações do Insula Jazz e de Arnaldo Antunes. Para Santos a programação, unida com a da Feira na praça Coronel Pedro Osório, ofereceu uma diversidade ainda maior de atrações ao público. "A variedade de música e de ritmos que só tem a agregar, a acrescentar. Aqui (na Bibliotheca) especialmente hoje este espetáculo do Insula está fantástico", falou.
Sobre o fato de uma das atividades ser na BPP, entidade que o escritor homenageou com livro lançado na semana passada, Santos comentou que a Bibliotheca voltou a ter aquele espírito agregador que pairava no local no século 19.
Ao estilo do Carnaval
Em um final de semana abarrotado de atividades culturais, a terceira edição da Descida da Neto, comemorou os 10 anos da Xavabanda, no final da tarde deste domingo. Nem o sol forte diminuiu a empolgação de quem foi participar da festividade.
A Descida da Neto partiu da rua Almirante Barroso por volta das 17h30min com centenas de foliões em clima de pré-Carnaval. Feliz com a atividade e o décimo aniversário da entidade, o presidente da Xavabanda, Fagner Feijó, contou que a proposta inicial do grupo formador da banda era só de diversão, mas aos poucos a agremiação começou a ganhar força e identidade própria. "Tomou uma proporção que a gente não imaginava, éramos apenas jovens foliões", contou.
O reconhecimento da qualidade da Xavabanda fora de Pelotas foi confirmado este ano com o convite para o Carnaval 2018 no Rio de Janeiro. Na terça-feira de Carnaval a banda Pelotense irá desfilar às 14h na orla de Copacabana.
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