Estilo Pet
Atenção à leishmaniose
Zoonose ainda é comum em algumas regiões do país e traz riscos à saúde humana e à dos pets; infecção ocorre através do mosquito-palha
Divulgação -
Você já ouviu falar em leishmaniose visceral? Trata-se de uma doença infecciosa classificada como zoonose, o que significa que pode trazer riscos à saúde humana e à dos animais domésticos. Isso porque os pets - principalmente os cães -, quando infectados por meio do mosquito-palha, tornam-se hospedeiros do protozoário causador da doença, permitindo assim a infecção de outros mosquitos, que podem infectar outros animais e também pessoas.
Para se ter uma ideia da gravidade do problema, de acordo com o Ministério da Saúde, quando não diagnosticada e tratada adequadamente a leishmaniose pode levar à morte em 90% dos casos. A prevenção é essencial e deve ser feita por meio do controle ambiental - evitando o acúmulo de lixo e material orgânico em ambiente aberto - bem como o uso de inseticidas para evitar a proliferação do vetor e utilização de coleiras repelentes e vacinação nos animais, a qual pode ser feita a partir dos quatro meses de idade.
Sintomas e medidas preventivas
Nos cães, os sintomas mais comuns são perda de peso, queda anormal de pelos, aparecimento de descamações e feridas de pele, sangramento do nariz e inchaço nas patas. Nos humanos a doença pode causar febre de longa duração e perda de peso, o que a assemelha aos sintomas de outros problemas, dificultando o seu diagnóstico. Tanto os animais como os humanos podem estar infectados com o protozoário, mas não apresentarem os sintomas clínicos da doença.
Segundo a gerente de produtos da Unidade Pet da MSD Saúde Animal, Silvana Badra, é importante manter os animais protegidos por meio de coleira repelente, pois além de garantir cerca de 98% de eficácia na proteção contra a picada dos mosquitos transmissores do protozoário que causa a leishmaniose, esse recurso também é ectoparasiticida e ajuda a afastar outros parasitas como pulgas e carrapatos. Além disso, recomenda-se abrigar o animal dentro de casa durante a noite, período de maior atividade dos mosquitos transmissores da doença.
Mitos e verdades relacionados à doença
× O cão pode transmitir a leishmaniose diretamente para o dono: MITO. A doença é transmitida quando um mosquito pica um animal infectado e em seguida pica um humano.
✓ O uso da coleira repelente protege quase 100% contra o mosquito transmissor: VERDADE. Embora a vacina também seja uma medida de proteção dos cães, ela tem uma taxa de eficiência menor que a coleira.
× Todo cão diagnosticado deve ser submetido à eutanásia: MITO. Dependendo do estado de saúde do pet, o tutor pode optar por fazer o tratamento medicamentoso.
✓ As medidas preventivas devem ser adotadas mesmo quando o pet não vive em área endêmica: VERDADE. É possível que o indivíduo ou o pet infectado viaje ou se mude, carregando a doença e contribuindo para sua disseminação.
Carregando matéria
Conteúdo exclusivo!
Somente assinantes podem visualizar este conteúdo
clique aqui para verificar os planos disponíveis
Já sou assinante
Deixe seu comentário