Nos últimos meses, a avenida Duque de Caxias, no bairro Fragata, passou por diversas obras de revitalização em seu canteiro central. São praças, academias, quadras poliesportivas e novas áreas de estacionamentos que foram distribuídas ao longo dos seus quase quatro quilômetros de extensão. No entanto, apesar da região contar com as melhorias, quem frequenta ou leva os filhos para brincarem no playground localizado no trecho três da avenida - entre as ruas Ismael Simões Lopes e Frontino Vieira - encontra o local com brinquedos quebrados, o que pode oferecer riscos às crianças.

A avenida Duque de Caxias sempre foi um local de grande movimento. Com a requalificação, os canteiros centrais passaram a atrair cada vez mais pessoas, em especial no trecho três, que apresenta o problema. Durante a pandemia, o local foi motivo de reclamação dos moradores pelas aglomerações. O resultado disso é que, menos de um ano depois da instalação, as estruturas destinadas ao público infantil já estão em mau estado.

Moradora do bairro, Arlete Freitas, 71, se queixa sobre as estruturas. Ela diz não frequentar muito os canteiros, mas, com a presença da filha, do genro e do neto de dois anos na cidade, resolveu visitar o lugar. A idosa conta que foi com o neto na região do trecho três, onde havia o playground e ele poderia brincar. Arlete conta que a criança até tentou se divertir, mas logo foi impedida após a família perceber que a área não estava em bom estado. “Algumas partes estão quebradas e tem madeiras que estão podres. É um perigo, meu neto ou outras crianças podem se machucar”, desabafa.

Após o episódio, Arlete afirma que tentou entrar em contato com a Ouvidoria da prefeitura, mas não obteve êxito. Por isso, ela cogita reunir vizinhos para tentar achar uma solução, considerando até mesmo colocar uma faixa de interdição no espaço por conta própria. “A gente sabe que nem sempre é rápido conseguir arrumar, mas que ao menos interditem. E se ninguém fizer, eu vou fazer”, aponta.

Outra pessoa que também comenta sobre o estado da área é Natália Ribeiro, 22, que mora no bairro desde outubro. Ela conta que frequentava seguidamente o local, pois levava o seu filho Kauê, 2, para brincar. No entanto, as atividades no local também foram interrompidas. “Ele brincava lá, mas agora, como estão todos quebrados ou faltando algo, ele não brinca mais”, resume.

Natália acredita que a grande concentração de jovens na região aos finais de semana pode fazer com que alguns não tenham o devido cuidado com os brinquedos. “Os grandes vêm e quebram, aí as crianças ficam sem”, finaliza.

O que diz a prefeitura
Segundo a Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura (SSUI), será realizada uma avaliação no local nesta terça-feira (29). Nos próximos dias deve ocorrer o reparo dos brinquedos.

A SSUI informa ainda que as reclamações sobre depredações de espaços públicos podem ser feitas diretamente pelos telefones (53) 3229-1401, 3283-1129, 99162-8706 e 99175-5853.