Pressão
Caminhoneiros ameaçam nova greve após o feriado
União dos Caminhoneiros do Brasil planeja mobilização em todo o país após o 7 de Setembro
Gabriel Huth -
Em maio, mobilização da categoria por 11 dias causou desabastecimento de alguns produtos (Foto: Gabriel Huth - Especial DP)
Caminhoneiros de todo o país podem seguir o exemplo da greve realizada em maio e novamente promover uma nova paralisação. Essa é a intenção da União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC), uma das organizações que representa a categoria.
Em comunicado, o grupo afirma que pode interromper o trabalho por tempo indeterminado como retaliação ao que consideram o não cumprimento por parte da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) de acordos para fiscalização das rodovias. Um dos itens acordados pelos caminhoneiros com o governo para dar fim à greve que durou 11 dias em maio foi que a agência estaria atenta ao cumprimento da tabela mínima do frete pelas empresas.
Além disso, a categoria reclama do aumento de 13% no preço do diesel anunciado pela Petrobras. Conforme a nova política de valores dos fretes, a tabela do serviço precisa ser reavaliada caso o combustível dos caminhões oscile mais de 10%. “Contamos com a agilidade e a efetividade das propostas anteriormente acordadas. A UDC-Brasil não assumirá a responsabilidade sobre a irresponsabilidade da ANTT”, ameaça o comunicado.
No texto, a UDC pede ainda a dissolução da atual direção da ANTT e cobra uma cadeira cativa de representantes da categoria no conselho executivos, operacional e de administração da agência.
Outra entidade de representação dos transportadores, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCam) também manifestou-se sobre o reajuste de preços do diesel. Em nota, afirma que solicitou audiência com a Casa Civil para discutir o aumento. “ A Associação, que sempre acreditou no diálogo, fará o possível para evitar uma nova paralisação”, diz o texto.
Resposta
Diante do início de pressão dos caminhoneiros, na noite de sábado (1º) a ANTT divulgou em seu site uma nota curta, de apenas duas linhas, em que afirma que fará o reajuste na tabela de preços do frete. No entanto, não dá detalhes sobre data e de quanto seria o aumento.
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