Problemas

Canais de escoamento de Pelotas apresentam pontos com acúmulo de lixo

O canal do Pepino, na Avenida Juscelino Kubitschek, exibe em suas margens um rastro de poluição

Foto: Carlos Queiroz - DP - Acúmulo de sujeira é o cenário que pode ser encontrado no local

Por João Pedro Goulart
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(Estagiário sob supervisão de Lucas Kurz)

Passam os anos, e determinados locais com seus cenários de poluição insistem em seguir fazendo parte da composição da paisagem em Pelotas. É o caso da região onde se encontra o canal do Pepino, que cruza a avenida Juscelino Kubitschek e é um dos mais importantes canais de drenagem da cidade. Existem lugares em que o lixo é espalhado no decorrer das margens dos fossos sem qualquer pudor aparente, o que futuramente pode ocasionar alagamentos.

A situação encontrada pela reportagem na tarde de terça-feira (2) é pior no trecho de saída da avenida Bento Gonçalves em direção à avenida Juscelino Kubitschek, em frente à entrada do residencial Village Center I. Moradores que caminham próximo ao local diariamente relatam que, embora aconteçam limpezas de tempos em tempos por parte das equipes responsáveis, o hábito que a população tem de lançar os resíduos no canal ou em ruas paralelas não cessa, como se diz popularmente, "enxugar gelo". De acordo com a moradora Helena Oxley, 47 anos, "normalmente, nesses becos que não passa muito movimento o pessoal descarta lixo. A própria população não tem consciência", afirmou.

As vias que fazem parte do seguimento da avenida Bento Gonçalves também são divididas por um canal constantemente afetado pelo descarte indevido de lixo. Assim as equipes de limpeza precisam agir para evitar transbordamentos de água em período de chuvas mais intensas, como ocorrido em setembro do ano passado, quando a região foi afetada por alagamentos. Como conta o morador da rua Barão de Cotegipe, Kauan Botelho, de 21 anos, as pessoas têm largado menos lixo em um dos lados do canal por conta de um novo empreendimento no local, levando-as a fazer o descarte do outro lado. Segundo ele, além das limpezas, a situação não está pior pelas fiscalizações que os próprios moradores têm realizado. "Nós brigamos também. Vinham largar lixo aqui, nós falávamos que não dava para largar [...] Os vizinhos como xerifes da rua", brincou.

A palavra de quem faz a limpeza

Conforme informado pelo Sanep, a autarquia realiza a limpeza e desobstrução do canal do Pepino duas ou mais vezes por ano, com a retirada da vegetação excessiva e resíduos descartados incorretamente e que obstruem a estrutura. Se tratando dos resíduos do entorno, na rua, a remoção de rotina fica a cargo das equipes de limpeza urbana. Além disso, o Sanep destacou que os resíduos têm potencial de impactar negativamente na passagem das águas pelos canais de macrodrenagem até as casas de bombas, que dão vazão às chuvas. Em dias de maiores precipitações, o lixo faz com que esse processo de escoamento seja prejudicado. Por fim, a autarquia lembrou que sem a atuação manual das equipes de drenagem, somada a todo o trabalho de prevenção e manutenção realizado durante o ano todo, em dias de precipitação excessiva - como setembro de 2023, por exemplo - as águas não escoariam corretamente e mais alagamentos seriam registrados em Pelotas.

O Ecoponto mais próximo

A secretária de Serviços Urbanos e Infraestrutura, Lúcia Amaro, reforça a necessidade de conscientização da população acerca do descarte correto dos materiais. Em relação à zona do canal do Pepino, a comunidade pode realizar o descarte no ecoponto localizado na avenida Juscelino Kubitscheck, 3.195, entre 8h às 12h e 13h às 17h. "Algumas pessoas, durante a noite, colocam resíduos irregulares em frente ou do outro lado do canal. Os funcionários dos ecopontos não tem por função de trabalho o recolhimento da via pública, mas no recebimento no ecoponto". Ainda conforme Lúcia, o indivíduo que for flagrado realizando o descarte em via pública pode ser punido com sanções ambientais de multa, prevista no código de posturas do Município.

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