1º de maio é uma data histórica no Brasil e no mundo. No país, o Dia do Trabalhador representa não só a luta dos trabalhadores, mas também o aniversário da implementação do salário mínimo (1940) e da Justiça do Trabalho (1941). A data foi decretada como feriado em 1924 e é usada não só para celebrações, mas também para reivindicações. Neste ano, atos estão sendo organizados no país inteiro, com o posicionamento sindical contrário, especialmente, à Reforma Trabalhista.

Em Pelotas, o encontro será no Altar da Pátria, a partir das 14h desta terça-feira. As pautas de reivindicações são a revogação da Reforma Trabalhista, aprovada no Congresso em junho do ano passado e em vigor desde novembro, e a libertação do ex-presidente Lula, preso na noite do dia 7 de abril. O ato prevê atrações culturais, com atividades musicais e uma apresentação teatral, além de discursos das unidades sindicais presentes, até as 17h30min.

O ato unificado é organizado pela Frente Brasil Popular, em conjunto com o Movimento Sindical. É esperada a presença da maioria dos sindicatos do município. Para o representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pelotas, Elton Lima, este é um "1º de maio de lamentações". "A Reforma Trabalhista não prejudica só os trabalhadores, mas também o desenvolvimento do país. Ao contrário do que se falou, depois que ela foi aprovada não houve aumento de empregos", avalia.

Pelo país
Em Pelotas, a ideia é uma movimentação de pessoas com cadeira e chimarrão pelo parque Dom Antônio Zattera, para curtir as atrações culturais locais e os discursos das unidades sindicais. No país, o maior ato está previsto para Curitiba, centro da Operação Lava Jato e onde está preso o ex-presidente Lula.

Segundo nota no site da CUT, "pela primeira vez desde a redemocratização do país, as sete maiores centrais sindicais brasileiras farão, este ano, um 1º de Maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, conjunto com o mote 'Em Defesa dos Direitos e por Lula Livre'". Ainda na nota, o órgão diz ter a "certeza de que Lula é a chance que a classe trabalhadora tem de conseguir resgatar os direitos e as conquistas - e até ampliá-los - perdidos nos últimos anos".

Em Porto Alegre e São Paulo as manifestações mantêm o caráter cultural, com apresentações de artistas como Nei Lisboa na capital gaúcha e Chico César na capital paulista. Em Porto Alegre, o ato está marcado para as 10h.