Patrimônio

Clube Comercial reabrirá as portas em três meses

Conclusão da primeira etapa da reforma do prédio histórico está prevista para agosto

Carlos Queiroz -

Interditado desde novembro, o Clube Comercial de Pelotas atualmente passa pela primeira das seis etapas da obra de recuperação estrutural. Depois de meses com a chuva invadindo a estrutura interna, a reforma no telhado começou e a previsão de conclusão é o final do mês de agosto. Assim que finalizada, as portas do prédio histórico e tombado desde 1983 como patrimônio cultural da cidade poderão novamente ser abertas, para a circulação em determinadas áreas. As próximas fases da recuperação ainda precisam da arrecadação de recursos por meio da Lei de Incentivo a Cultura (LIC), do governo do Estado.

O presidente do Clube Comercial, Hypólito Ribeiro Neto explicou que para dar início à obra foi preciso usar de recursos próprios do local. Orçada em mais de R$ 2,4 milhões, a primeira etapa só foi possível após a venda de um imóvel sob propriedade do clube, localizado na rua Padre Anchieta. Em 2018, o projeto foi aprovado pelo Ministério da Cultura para captar o valor através da Lei Rouanet, mas não obteve recursos. Iniciada em dezembro, a primeira etapa da obra engloba a recuperação e substituição do telhado e cobertura, construção do subtelhado e instalação dos sistemas de tubulação pluvial, como calhas e tubos de queda.

Conforme explicou uma das arquitetas envolvidas no projeto de recuperação estrutural, Helenice Couto, por conta dos problemas no telhado, a chuva se acumulou no interior do imóvel e as infiltrações causaram o desabamento de forros no piso superior; os pisos de madeira apodreceram por conta da umidade, além de outros problemas em razão da entrada da água. "Como é um prédio tombado, precisamos deixar ele como era antes", afirmou.

As próximas etapas ainda não tem data para acontecer. A equipe diretiva do Clube planeja inscrever novamente o projeto de obra nas leis de amparo à cultura do governo do Rio Grande do Sul. Dessa vez, a estratégia é outra: buscar empresas que normalmente já repassam recursos às leis para que o valor seja suficiente. As expectativas são grandes por parte da direção: "Não tenho filhos, então o Clube Comercial é um legado que quero deixar para Pelotas", contou Hypólito.

Recuperação ainda precisa de outras cinco etapas

Ao todo, o prédio histórico precisa passar por outras cinco etapas para que a reforma de reestruturação seja finalizada. A etapa seguinte é dedicada a colocação das telhas de barro na cobertura, enquanto a terceira e a quarta incluem a restauração dos pisos, forros, rodaforros, instalações elétricas e hidrossanitárias, elementos em ferro e balaustradas. A quinta etapa é a de restauração das esquadrias, rebocos e ornamentos da parte interna do pavimento superior e do térreo. E a última corresponde a restauração dos ornatos das fachadas, acabamentos e pintura externa e interna.

Após concluída a primeira, com previsão para agosto, algumas áreas do Clube podem ser novamente frequentadas pela equipe e membros. "Tudo que tenha acesso independente, será liberado, a partir da verba que já temos", explica a arquiteta Helenice. O presidente do clube sinalizou que, assim que possível, quer reabrir algumas peças internas para o aluguel de lojistas e comerciantes, além do antigo restaurante, com entrada pela rua Padre Anchieta.

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