Setembro Amarelo

Colégio faz caminhada em alerta ao suicídio

O tema surgiu durante as aulas de filosofia

Gabriel Huth -

Alunos e professores do Uni Colégio promoveram uma caminhada na manhã desta quarta-feira no centro de Pelotas. Vestidos com camisetas e balões amarelos, o grupo alertou sobre a prevenção ao suicídio e entregou panfletos com informações sobre o tema. O ato foi uma atividade promovida dentro da disciplina de Filosofia e teve a organizações dos próprios estudantes.

O tema surgiu durante as aulas da professora Tainara Amaral Sedrez. Ao falar sobre o Setembro Amarelo, mês alusivo a prevenção do suicídio, muitos alunos não tinhas muitas informações e conheciam pouco a respeito. Através de pesquisas, o tema chamou a atenção dos estudantes, que resolveram fazer uma um ato que chamasse a atenção da comunidade. "Os maiores casos estão entre os jovens, que estão numa fase de conflitos, de se questionar, de tomar decisões importantes", atenta a professora.

Focado na educação de jovens e adultos, os debates sobre suicídio aconteceram tanto para as turmas relacionadas ao ensino fundamental como no médio.

Exemplo de casa
Há 23 anos, Márcia Souza chorou a dor de um suicídio na família. Hoje, com 41, ela permanece alerta quando percebe sinais em colegas e amigos. Num panfleto distribuído no comércio, informações sobre sintomas. Mudança de comportamento, sentimento de culpa, autoestima baixa, isolamento. No mesmo panfleto, dicas foram passadas de como ajudar amigos e familiares nesta situação: "acolher a pessoa, valorizar o que ela diz, não fazer julgamentos, não dar sermões, oferecer ajuda".

"A gente sempre escuta na rua as pessoas dizendo que quem diz que vai tirar a própria vida não faz, que quer chamar a atenção. Não é verdade. Eu já vivi isso e sei que quem avisa pode fazer", alerta Márcia. Com a presença da filha, ela diz que é preciso observar os jovens e seus sinais. As exigências por um bom emprego, por construir uma boa carreira numa área num momento de crise econômica e ainda sem maturidade emocional, opina, são ingredientes para problemas psicológicos entre jovens. "Só quem passa por isso entende. Porque depois ficam as questões: como não pude ajudar? Como não pude enxergar?", relata.

Com a ajuda da colega Sinara dos Santos, elas buscaram patrocínios e conseguiram fazer camisetas para a caminhada. No peito dos estudantes, a frase da campanha do Setembro Amarelo: "conversar é a melhor solução". "Às vezes, como o problema é dos outros, não nos importamos. Até acontecer com alguém próximo a nós. É muito importante conversar sobre isso", disse Sinara.

 

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