Ação

Cultura e diversão para trabalhar a consciência desde cedo

Oficina de capoeira complementa atividades sobre cultura negra para crianças atendidas por instituição

Foto: Jô Folha/DP - Oficina fez parte de programação desenvolvida ao longo do mês

Por Helena Schuster
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(Estagiária sob supervisão de Vinicius Peraça)

A reflexão sobre o mês da Consciência Negra e a valorização dessa cultura ganhou muita ginga e alegria no Centro Comunitário Legião da Boa Vontade (LBV), em Pelotas. Na sexta-feira (25), as crianças em situação de vulnerabilidade atendidas pelo projeto tiveram a oportunidade de fazer uma oficina de capoeira e aprender mais sobre a importância das expressões artísticas da cultura afro-brasileira.

O momento de lazer e reflexão faz parte de um trabalho contínuo realizado com as 110 crianças atendidas diariamente no Centro. “Nós trabalhamos na área de cidadania irrestrita em que, todo mês, a gente fala de temas relativos à sociedade, que envolvem a questão ética e a formação cidadã”, explica a educadora social da LBV, Adriane Sampaio. Neste mês, a escolha do tema foi guiada pelo Dia da Consciência Negra, celebrado no 20 de novembro. “A gente pensou em fazer atividades para explorar a cultura africana e falar sobre o racismo e o preconceito que ainda são muito latentes no nosso dia a dia."

Ao longo do mês, as crianças também discutiram sobre a língua portuguesa e as expressões preconceituosas que ainda são comuns na fala, mas que devem ser abolidas. “A gente trabalhou as formas de transformar expressões racistas, que às vezes a gente fala e nem percebe, em falas corretas. Esses momentos também possibilitaram os relatos de muitas crianças negras sobre o bullying e o racismo que já sofreram”, explica a educadora.

Além da prática da capoeira, os pequenos também construíram máscaras africanas e tiveram os rostos e braços pintados com desenhos inspirados na pintura corporal destas culturas. “A gente sempre traz um momento cultural para trabalhar os temas do mês de forma lúdica”, ressalta Adriane. Ainda neste mês, a gurizada também vai aprender a fazer as bonecas abayomi, figuras feitas de retalhos, sem uso de cola ou linha, que representam a ancestralidade africana e a identidade e resistência do movimento negro.

Diversão e aprendizado
O sorriso nos rostos das crianças que participaram das atividades durante a manhã de sexta-feira sinalizavam o clima de alegria ao aprender mais sobre a capoeira. A expressão cultural, que mistura arte marcial, dança e música, traz origens e referências da história e cultura afro-brasileira.

A maioria dos participantes ainda não conhecia a atividade. “Eu nunca tinha feito e estou aprendendo a fazer estrelinha, que eu não sei”, comemorava uma das meninas. No meio da criançada, o pequeno Luis Ricardo Escalante, de nove anos, contou que faz taekwondo, mas que a capoeira é novidade. “Achei bem legal e aprendi aqui que a capoeira veio da África.” ​

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