Manifesto

Ato no calçadão expõe a violência contra a mulher

Campanha liderada pela Frente Feminista 8M Pelotas convidou a comunidade para se pronunciar sobre o tema

Foto: Volmer Perez - Especial DP - Ato ocorreu junto ao chafariz do calçadão da rua Andrade Neves


Militantes da Frente Feminista 8M Pelotas liderou o ato Boca na Tribuna no final da manhã deste sábado (26). A movimentação ocorreu junto ao chafariz do calçadão da Andrade Neves e foi alusiva ao Dia Internacional pelo Fim da Violência contra a Mulher, marcado nesta sexta-feira, dia 25 de novembro.

Esse é a segunda edição do Boca na Tribuna e o ato se integra à campanha da 8M Pelotas de 21 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulheres. A campanha teve início em 20 de novembro, junto as celebrações do Dia da Consciência Negra, e se estende até o dia 11 de dezembro. No ano passado o grupo abordou a violência nos espaços de poder, desta vez a temática se amplia para o combate à violência física e ao feminicídio.

Para as militantes as mulheres da classe trabalhadora são as que mais precisam da proteção do estado, mas acabam vendo muitas falhas no sistema. “O 8M vem denunciando ao longo dos últimos anos as falhas nas redes de proteção às mulheres em Pelotas”, diz a militante Luísa Afonso, do Coletivo Classista Ana Montenegro.

“A delegacia da Mulher não funciona 24 horas, quando a gente sabe que a violência muitas vezes acontece no final de semana. Esses pontos, que muitas vezes, o estado não está vendo, precisam ser reforçados. Porque
justamente a violência e o feminicídio acontecem diante dessa rede.”

Durante cerca de duas horas e meia o grupo se revezou em falas sobre o tema e abriu espaço para que outras pessoas da comunidade falassem. Antes de abrirem a “tribuna” os grupos ali representados estenderam no
chão a bandeira da Frente 8M Pelotas, construída com a representação dos diferentes segmentos e/ou grupos que o coletivo abriga.

Entre esses grupos está o projeto Las 3Tramas, representado pela pelotense Eva dos Santos. A proposta leva para as ruas mandalas em formato de girassóis, que, desde 2019, têm integrado diferentes campanhas sociais associadas às necessidades do público feminino. “Quando estamos fazendo a colocação dos girassóis muitos param para conversar, então é uma forma da gente falar sobre esses temas”, explica Eva.

A artesã conta que o girassol acompanha o sol, fazendo os giros que encantas as pessoas. Entretanto, Eva lembra que quando não há insolação a flor se volta para outras flores em busca de luz. “É essa ideia que a gente traz, como ética e estética, que é possível a gente avançar no enfrentamento à violência, desde que a gente consiga olhar para a outra pessoa, se colocar na posição de emprestar  luz.”

Sobre a data

O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher é comemorado em 25 de novembro desde 1981 em memória das irmãs Mirabal, três ativistas políticas da República Dominicana, Patria, Minerva e María Teresa Mirabal, mais conhecidas como "Las Mariposas", que em 25 de novembro de 1960 foram sequestradas e
assassinadas por agentes do Serviço de Inteligência Militar dominicano, seguindo as ordens do ditador Rafael Leonidas Trujillo.


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