Agronegócio

Dia de consumir pêssego

Evento no 8º Distrito leva ao público neste domingo (2) a fruta in natura e a produção industrial

Jô Folha -

O clima que prometia chuva, mas que trouxe temperaturas amenas e céu encoberto, para este domingo (2) colaborou com a Festa Municipal do Pêssego que ocorre no Rincão da Caneleira, 8º Distrito de Pelotas. A comercialização do fruto in natura e dos produtos industrializados são o ponto alto do evento, que pretende divulgar a produção local e estimular o consumo. Dentro da programação que começou às 9h e se estende até as 19h, a iniciativa também oferecerá aos visitantes atrações artísticas, como show do músico Luiz Marenco. Ainda pela manhã ocorreu a abertura oficial da safra.

"Estamos dando uma dimensão nova ao que acontecia anteriormente, tanto a Quinzena do Pêssego, quanto com a Festa que soleniza a abertura da colheita", disse o secretário de Desenvolvimento Rural, Jair Seidel. A Festa Municipal do Pêssego é uma promoção da Prefeitura, com patrocínio do Sicredi e apoio da Emater, Embrapa, Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Associação de Produtores de Pêssego da Região de Pelotas (APPRP), Cooperativa dos Apicultores e Fruticultores da Zona Sul (Cafsul) e Sindicato da Indústria de Doces e Conservas Alimentícias de Pelotas (Sindicopel).

Seidel comentou que o objetivo da Secretaria tem sido o de promover o pêssego não só no Estado, mas também em nível nacional. Pelotas produz mais de 90% do pêssego em calda consumido no país, além de comemorar e a Secretaria também apoia o aumento da produção do fruto in natura. "Queremos ampliar a consumo, existe um grande potencial para isto, precisamos fazer a divulgação para que essa mensagem chegue no consumidor", falou. Seidel ainda destacou que a fruta é responsável por movimentar a cadeia produtiva mais importante do agronegócio de Pelotas.

Entre as ações da Prefeitura, o secretário lembrou a Quinzena do Pêssego, que será finalizada no dia 9 deste mês. A intenção foi proporcionar a venda direta do produto e seus derivados. Há ainda a promoção que integra 33 restaurantes neste período, eles ofereceram em seus cardápios pratos em que a fruta entra na composição. Também deve sair em breve uma publicação com receitas criadas por merendeiras da rede municipal.

Safra menor
A safra deste ano deve ficar em torno de 25 mil toneladas da fruta, apesar de significativo o número expressa uma quebra de quase 50%, devido a fatores climáticos. O engenheiro agrônomo, Francisco Antônio Arduim de Arruda, chefe do Escritório Municipal da Emater, explica que o excesso de chuva entre agosto e setembro, época da floração, prejudicou essa crucial etapa no desenvolvimento do fruto.

Atualmente 650 famílias da região investem na manutenção e ampliação dos polmares. O trabalho é quase todo revertido para o fornecimento da indústria de conservas, que ultimamente tem pago pouco ao produtor, queixa-se o produtor Mauro Scheunemann, presidente da APPRP. "Dá um certo desânimo", disse.

A indústria está pagando até agora R$1,10 o quilo do tipo 1, com mais de 57 milímetros, e R$0,90,o tipo 2, de 53 a 56 milímetros. A expectativa do produtor é que com a quebra na safra o preço melhore.

Scheunemann também comentou que investir na produção do pêssego de mesa é uma alternativa, o produtor tem recebido valores que variam de R$1,50 a R$2,50 o quilo, conforme a fruta. "Tem que diversificar o trabalho."

Outra alternativa é beneficiar o próprio produto. Isto é o que o produtor Josué Milech, 34, está tentando fazer. Na Festa do Pêssego ele levou produtos de panificação, como a cuca de pêssego, para serem comercializados, a próxima etapa será registrar a marca Grupo Três Coqueiros como uma agroindústria e poder fazer o sua própria conserva. "Não podemos desanimar", disse o agricultor.

Novidade em 2019
Como estimulo a produção a Embrapa deve lançar no próximo ano novas variedades da fruta. A pesquisadora Maria do Carmo Bassols Caseira apontou a BRS Jaspe, como novidade para 2019.

Esta variedade, voltada para a a industrialização, pode ser cultivada na mesma época que a variedade Granada, comum na região, porém ela não falha na produção. "Ela se adapta melhor a diferentes condições climáticas e o manejo é igual a de outras variedades."

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