Educação
Dia será de balanço dos mais de dois meses de greve
Assembleia está marcada para as 15h30min, no Sindicato da Alimentação
Jô Folha -
A quarta-feira (8) será de assembleia geral do 24º Núcleo do Cpers-Sindicato, em Pelotas. A terça foi marcada por entrega de contraproposta ao Governo Sartori, rodada de negociação no final da tarde - em Porto Alegre - e atividades de rua em diferentes cidades do Estado. A garantia dos 45 dias de férias do Magistério, entre janeiro e fevereiro, foi um dos pontos que passou a ser oficialmente cobrado pela categoria; o que poderia estender a recuperação do ano letivo de 2017 para março de 2018 nas instituições que mantêm a paralisação.
A secretária adjunta da Educação, Iara Wortmann, lembrou que os 200 dias letivos e as 800 horas-aula são determinações da Lei de Diretrizes e Bases e afirmou: "O ano letivo só será integralizado se houver o cumprimento desses limites".
Ao se referir ao fim do parcelamento dos salários até o final de dezembro - primeiro ponto da lista de reivindicações do Cpers -, a secretária deixou claro que o governo não retira as condicionantes para o pagamento em dia, que são o bom desempenho das ações excedentes do Banrisul na Bolsa de Valores e a adesão do Rio Grande do Sul ao Regime de Recuperação Fiscal dos estados proposto pelo governo federal.
Caminhada e alerta à comunidade
A tarde desta terça-feira foi de nova caminhada de professores e funcionários. Desta vez, puxada por profissionais da Escola Félix da Cunha, na Zona do Porto. O número reduzido de manifestantes não impediu a caminhada, que se transformou em novo contato com a comunidade para ressaltar as razões da greve. Mobilizações desencadeadas na capital gaúcha e também em Herval teriam provocado o esvaziamento do ato desta terça em Pelotas - asseguram.
"Sartori faça retornar as aulas". Eram um dos principais recados ao microfone. "Este é um governo que não se preocupa que os filhos da classe trabalhadora estejam há mais de dois meses sem aulas. Por isso, não paga os salários em dia", enfatizou uma das diretoras do Cpers, Carla Cassais.
Saiba mais
- Assembleia do 24º Núcleo do Cpers
Quando: nesta quarta (8), às 15h30min
Local: Sindicato da Alimentação, em Pelotas
- A contraproposta do Comando de Greve
* Garantia do fim do parcelamento dos salários até o final de dezembro;
* Retirada da PEC 257/2017, mantendo na Constituição Estadual o artigo 35 que assegura o pagamento integral dos salários no último dia útil do mês trabalhado;
* Pagamento do 13º salário até o dia 20 de dezembro de 2017;
* Não demissão dos educadores contratados que aderiram à greve;
* Nenhuma punição a nenhum servidor que fez greve, como alteração de designação, diminuição da carga horária, perda de convocação e fechamento de turmas;
* Retirada das PECs 242, que extingue a licença-prêmio e 261, que altera o tempo de serviço para tempo de contribuição;
* Publicação da cedência para os diretores de Núcleo;
* Garantia do direito de 45 dias de férias, em janeiro e fevereiro;
* Mesa de negociação para o pagamento da reposição salarial de 21,85%;
- Pressão deu resultado: A categoria exigia a retirada do Regime de Urgência dos projetos que tratam da reestruturação do Instituto de Previdência do Estado (IPE), para garantirem tempo às discussões. Nesta terça pela manhã, o governo de José Ivo Sartori (PMDB) confirmou que atenderia ao apelo, em reunião no Palácio Piratini junto a lideres da base aliada na Assembleia.
- Pedidos de transferência e adesão à greve: Informações repassadas pelas 30 Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) apontam que 2.466 alunos do Ensino Médio e do 9º Ano do Ensino Fundamental realizaram transferências da rede estadual. A Secretaria Estadual de Educação também apresentou balanço da greve: apenas 68 escolas estariam totalmente paralisadas - 2,7% entre as 2.545 instituições -; dez a menos do que na semana passada.
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