Preservar as raízes, crescer com as mudanças e construir um futuro melhor. Assim pode ser resumido o propósito da trajetória centenária do Câmpus Pelotas - Visconde da Graça (CaVG). Nesta terceira e última reportagem da série especial do Diário Popular em homenagem aos cem anos do campus, a reflexão de professores e alunos é sobre o futuro e, principalmente, sobre o papel fundamental de uma instituição de ensino público e de qualidade, pautada pela convivência em harmonia e amizade na vida de quem passa por seus corredores.

Do ponto de vista do mercado de trabalho, o professor e chefe do departamento de pesquisa, extensão e pós-graduação, Jader Pinto, é enfático: ser CaVG é sinônimo de qualidade. "Via de regra, o CaVG sempre se mantém como um polo de captação de mão de obra. É uma instituição reconhecida em todo o País", garante. Pinto exemplifica que, para a área agrícola, o campus é referência para empresas do setor primário na região, já na área de vestuário e design de moda, o curso é uma alavanca para o empreendedorismo e o investimento no próprio negócio. "A gente trabalha muito, não só na função de propiciar um emprego, mas também de qualificar quem já está trabalhando", comenta o professor, citando o papel das pós-graduações oferecidas pelo campus.

A instituição é, de fato, a alma mater de grandes nomes de diversas áreas. Muitos deles são conhecidos do povo gaúcho, como os cantores tradicionalistas Joca Martins e Xiru Antunes. Para além do impacto no futuro profissional da comunidade, Pinto, que também é ex-aluno da instituição, garante que as amizades e o afeto pelo campus também são legados que permanecem com quem passa por ali. "Assim como a gente adota um amor pela família, porque ela nos molda, o CaVG nos moldou. Somos criados e educados, no sentido mais amplo possível, no CaVG. A gente se sente uma família. Isso é algo que faz o CaVG ser diferente e, ao longo de cem anos, sempre se manteve", garante.

Para os alunos, um horizonte de opções
Hoje, quem está estudando no CaVG, olha para o futuro com boas expectativas. Às vésperas da formatura, as estudantes do último semestre do técnico em Vestuário, Vitória Silva, 19, e Gisele Adam, 18, não pensam em sair da instituição tão cedo. "Queremos continuar e fazer Design de Moda aqui. O curso é muito prático e criativo. É uma área muito legal de estudar, tem bastante área de emprego. Todos os alunos se acharam em alguma coisa", diz uma delas. Além do interesse na área, a convivência no campus, segundo elas, também facilita a escolha para o futuro. "Aqui é muito acolhedor. Tem muitos grupos de pessoas diferentes e, mesmo assim, é todo mundo meio parecido. Sempre vai ter alguém que tu vai te achar, se dar bem e se sentir em casa", garantem.

Para quem é recém-chegado, como os alunos do primeiro ano do curso em Agropecuária, Pedro Hall, 16, Mateus Bandeira, 15, e Guilherme Wickboldt, 16, o pouco que já puderam vivenciar no campus já demonstra como serão os próximos anos. "O que mais gosto é a parte de agricultura, não sou tanto da pecuária", já percebe um deles. Apesar de estar ainda no início do curso, o trio comenta que o curso técnico foi escolhido já pensando na faculdade de Agronomia no futuro."Tô gostando bastante até agora. Quero fazer agronomia, então o CaVG é um lugar bom pra começar", relata um dos jovens.

Para fazer parte também
Quem deseja viver na prática um pouco do sentimento de ser CaVG, compartilhado por tantos personagens ao longo desta série especial do DP, pode ingressar na instituição já no próximo semestre letivo. Até às 16h do dia 23 de outubro está aberto o processo seletivo para os cursos técnicos e superiores do campus. As provas para ingresso nos cursos técnicos serão realizadas no dia 26 de novembro. No CaVG, apenas na modalidade integrada ao Ensino Médio, são mais de 280 vagas a serem preenchidas. Os editais e todas as informações referentes aos processos podem ser acessadas em processoseletivo.ifsul.edu.br/vestibular-2024-1/editais.