Ajuda
Em busca de voluntários
Associação de Pais de Down busca profissionais das áreas da saúde e pedagogia
Divulgação -
47 em vez de 46. Além dessa característica no número de cromossomos nas células, as pessoas portadoras de síndrome de down necessitam de um acompanhamento profissional para exercitar a parte mecânica e cognitiva do corpo. Em Pelotas, a Associação de Pais de Down (Apadpel) presta esse tipo de assistência desde 2017. Após recente mudança de sede para um espaço mais amplo, a organização está também em busca de voluntários das áreas da saúde e da pedagogia para compor o quadro de profissionais.
A alfabetização, o desenvolvimento motor e a socialização são dificuldades que os portadores da síndrome enfrentam. Luana Braga, 33, é mãe do Gabriel, de sete anos, e presidente da Apadpel. Além do acompanhamento com profissionais de outras entidades, ele também participa das atividades oferecidas pela Apadpel. "Elas são muito importantes pro desenvolvimento cognitivo dele (...) Se ele para, é como se esquecesse tudo aquilo que aprendeu", conta. A associação dispõe de atividades como fisioterapia, terapia ocupacional e reforço escolar, atividades voltadas às deficiências decorrentes da trissomia do cromossomo 21.
Além dos voluntários que exercitam as funções motoras, uma profissional da área da psicologia está prestes a iniciar as atividades com os portadores da síndrome e famílias que fazem parte da Apadpel. O suporte psicológico é importante para as crianças, adolescentes e jovens adultos. Contudo, as mães também precisam de apoio. Muitas vezes, elas acabam ficando tão conectadas com a síndrome dos filhos que deixam de lado os cuidados consigo, como ressaltou a presidente. "A mãe fica ligada demais à deficiência do filho, e nisso ela se priva de várias coisas", conta.
Gratidão como recompensa
O apoio escolar se dá por profissionais da pedagogia e psicopedagogia. Maria Cecília Rocha, 59, é uma das que compõem o quadro de voluntários. Professora de séries iniciais aposentada, ela descreve a experiência em uma única palavra: gratidão. "É uma experiência muito gratificante (...) É uma oportunidade de crescimento pra gente, enquanto ser humano", ressalta. Uma vez por semana, a voluntária percorre os 59 quilômetros que separam Pelotas de Rio Grande, cidade na qual é moradora. Os alunos da associação têm variadas idades, desde a infância até adultos que possuem dificuldades na leitura e escrita.
Outras atividades como ginástica e teatro também ocorrem no espaço. Como esclarece Cátia Vieira, 49, tesoureira da associação, a entidade está "sempre em busca de mais". A entrada de novos profissionais é sempre bem-vinda. O número de associados aumenta cada vez mais. "Todo dia chega uma pessoa nova com síndrome de down", frisa. No momento, a entidade presta assistência para cerca de 45 associados, número que fica em torno de 20 famílias de diferentes lugares - além de Pelotas, também fazem parte moradores de Capão do Leão, Rio Grande, São Lourenço do Sul e Morro Redondo.
Profissionais da saúde - terapia ocupacional e fisioterapia - e da pedagogia são os mais visados para integrar a entidade, mas outros também podem participar. Os interessados podem entrar em contato pelo (53) 98443-9886 ou no endereço de e-mail [email protected]. A Associação de Pais de Down fica na rua Barão de Butuí, 84, e atende segundas, quartas, quintas e sextas-feiras, das 14h às 17h. Nas terças-feiras, é das 10h às 16h30min.
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