Solidariedade

Entrega de donativos quer alcançar milhares de famílias em Pelotas

Campanha de arrecadação de alimentos engloba pessoas de baixa renda e aldeias indígenas; órgãos como prefeitura de Pelotas, Cáritas Arquidiocesana e Instituto de Menores estão envolvidos

Divulgação -

É hora de abrir as portas para a solidariedade. Com a pandemia de Covid-19, o quadro de famílias em situação de vulnerabilidade social fica ainda mais grave: de 7,5 mil famílias abaixo da linha da pobreza, em Pelotas, o número pode triplicar caso o isolamento se estenda por mais 60 dias, conforme a Secretaria de Assistência Social (SAS). Para conter a fome e o desamparo das famílias, órgãos estão mobilizados na doação de alimentos e produtos de limpeza.

Em uma campanha de auxílio mensal, a Cáritas Arquidiocesana busca garantir a segurança alimentar das comunidades indígenas da região. Em Pelotas, a tribo caingangue é a beneficiada, com 22 famílias e mais de 50 pessoas de várias idades. Como explicou o coordenador da entidade, Reinaldo Tillmann, a maior parte da renda destas famílias advém da venda de artesanatos e da agricultura da subsistência, ambas prejudicadas na atual conjuntura. A arrecadação de valores é mensal e cada pessoa pode doar a quantia de R$ 80,00 para a organização. Em Cristal e em Canguçu, o número de famílias chega a dez. As entregas são feitas para um dos indígenas, que leva os produtos aos demais. "Precisamos evitar o contato do homem branco com os indígenas, para que não ocorra contaminação", ressaltou.

Com costumes diferentes dos moradores da zona urbana, os indígenas são mais propensos de transmitir entre os demais moradores da aldeia a Covid-19. "Eles usam um banheiro coletivo, por exemplo, então se um pega o vírus, todos acabam pegando", afirma o coordenador. Além disso, a Cáritas trabalha em outra campanha de arrecadação, esta com foco nos imigrantes da cidade, como venezuelanos e moçambicanos, e os povos quilombolas. A partir de amanhã, a entidade abre as portas para o recebimento das doações de qualquer gênero alimentício, que será feito por meio de plantões sociais - para evitar aglomerações. A Cáritas Arquidiocesana de Pelotas fica na avenida Domingos de Almeida, 3.150.

O Instituto de Menores também está com uma campanha de arrecadação de alimentos. De acordo com a coordenadora do local, Patrícia Frank, a entrega de cestas básicas tem como foco as famílias em vulnerabilidade social assistidas pela entidade. Até então, o equivalente para cem cestos chegou ao local e, destes, 80 foram entregues. "Precisamos de muito mais. As famílias são grandes e a ajuda é muito necessária", explica. Quem quiser doar, pode levar os itens até o Instituto ou depositar as quantias na conta bancária da entidade (confira quadro abaixo).

Campanha de aleitamento
O Fórum em Defesa da Soberania Alimentar de Pelotas, junto aos movimentos sociais e organizações da sociedade civil, também lançou uma campanha de arrecadação para o enfrentamento à fome e em defesa da soberania alimentar. A meta é a aquisição e distribuição de mil litros de leite, comprados de agricultores da região, o que garante a manutenção do trabalho destas famílias. A pretensão é que, assim que alcançada a meta, outros itens básicos do consumo familiar sejam adquiridos. As doações são em dinheiro, a fim de evitar o contato e aglomerações de pessoas (confira quadro).

Poder Público também precisa de doações
Por mês, a Secretaria de Assistência Social entrega produtos alimentícios não perecíveis às famílias em situação de vulnerabilidade social cadastradas nos programas federais de assistência, como o Bolsa Família. Um número que dificilmente alcançava a casa dos 500, agora chega a mais de 2 mil. Em entrevista ao Diário Popular, na quinta-feira, o então secretário de Assistência Social, Luiz Eduardo Longaray, que deixou o cargo na sexta-feira, ressalta que as famílias, com o isolamento social, estão sem ter onde buscar uma renda fixa. "Muitos são catadores de materiais reciclados, autônomos e trabalhadores informais."

Com isso, o município trabalha na entrega dos itens, mas, com o aumento significativo da demanda, precisa de ajuda da população. A previsão é que, se o período de isolamento se estender por mais 60 ou 90 dias, o número de famílias abaixo da linha da pobreza na cidade chegue a 21 mil - hoje a SAS contabiliza 7,5 mil. Para dar conta da demanda, "só com o sucesso das campanhas de arrecadação", admitiu o então o secretário. Durante a semana, quatro toneladas de alimentos foram recebidas na sede da pasta, que adquiriu outras três toneladas.

Os itens mais urgentes são alimentos não perecíveis, como arroz, feijão, farinha de trigo, massa, óleo e leite, e materiais de higiene e limpeza, como sabonete, sabão, detergente, desinfetante e água sanitária. As mais de 120 sacolas com alimentos serão distribuídas a partir dos seis Centros de Referência de Assistência Social (Cras) dos bairros e no Plantão Social da Secretaria. A Defesa Civil também está recebendo donativos com foco nas famílias cadastradas na SAS, a entrega é no mesmo local e a distribuição fica a cargo do órgão.


Adote um família indígena!
Contribua com R$ 80,00 mensais para ajudar na garantia da segurança alimentar e sanitária das famílias indígenas.
Conta para depósito:
Mitra Diocesana Pelotas - Cáritas
Agência: 0475 | Conta: 06.026846.0-7 | Banrisul I CNPJ: 92.238.138/0036-71


Doações para famílias assistidas pelo Instituto de Menores
As doações podem ser feitas diretamente na sede da entidade, localizada na avenida Domingos de Almeida, 3.150, ou por depósito na conta bancária do Instituto. Agendamentos de busca de doações podem ser feitos pelo (53) 3228-5505.
Agência 0320 | Conta: 061016770-9 | Banrisul I CNPJ: 92.238.138.0022/76


Doações de leite
Os depósitos bancários, de qualquer valor, podem ser feitos na conta da Associação Educacional para o Consumo Bem da Terra.
Agência: 0663 | Conta: 05371-0 | Banco Cooperativo Sicredi | CNPJ: 27.785.722/0001-55
Encaminhe o comprovante de depósito para o WhatsApp (53) 99904-6530


Doações para a Secretaria de Assistência Social
Sede da SAS: na rua Marechal Deodoro, 404, de segunda a sexta-feira das 8h às 14h.
Casa de Passagem: rua 3 de Maio, 1.074, em qualquer dia e horário.
Quem não puder se deslocar até o local deve telefonar para (53) 3309-3600 e agendar a entrega, conforme disponibilidade da equipe.

 

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