Transtorno

Esgoto invade casas e causa problemas a moradores da Guabiroba

Problema é frequente na região, que tem muitas construções em cima das redes de água e esgoto; Sanep avalia que situação é delicada

Foto: Jô Folha - DP - Moradores reclamam que a situação piorou recentemente

Cheiro desagradável, água de esgoto acumulada no chão de casa e barreiras improvisadas nas portas para tentar evitar a entrada de água. Essa é a realidade de moradores da Guabiroba, no bairro Fragata, que convivem há anos com o problema. Segundo os residentes, a situação piorou recentemente.

Moradora do térreo de um edifício na rua Gerardo Gabino, Gilda Figueiredo, 67, conta que é insuportável a convivência com o esgoto que entra dentro de casa pela porta e até emergindo do próprio chão. "Se a gente contar, ninguém acredita numa coisa dessas. Entra muita água, tento limpar mas não dá. Tenho asma e acordei atacada [em função do cheiro]", conta ela, que mora no local há 40 anos. Com o esgoto acumulado em volta das casas, é frequente a aparição de ratos, baratas e mosquitos. "A campanha contra a dengue, como fica?", questiona outro morador, que preferiu não se identificar.

Gilda acrescenta que a situação ficou pior com o tempo. "Antes era só quando chovia, agora é todo dia. Entra uma quantia de água enorme na hora que chega todo mundo em casa, mais à noite. Fica numa miséria", observa. A vontade da vizinhança é de sair do local, mas não é tão fácil quanto parece. "A gente não tem nem como vender o apartamento desse jeito, com esse monte de problema", diz o outro morador. Os residentes buscaram ajuda do Sanep na última quinta-feira (15), e foram atendidos nesta terça, enquanto a reportagem apurava os fatos junto à autarquia.

Situação complicada, diz Sanep

A autarquia, através da assessoria de comunicação, afirmou que a situação é delicada naquela região. "Ali e em outros bairros da cidade, como Lindoia e Pestano, foram feitas construções irregulares em cima das redes de distribuição de água e da rede de esgoto. Isso dificulta muito o serviço de desobstrução das redes de esgoto e, por isso, os problemas são mais frequentes", diz o texto. O Sanep exemplifica que há cômodos, como quartos, salas e cozinhas, em cima das tubulações, o que torna as manutenções inviáveis. Sobre o caso específico dos moradores que conversaram com o DP, a autarquia afirmou que a equipe realizou, nesta terça, uma intervenção que deve dar uma solução prática ao problema, mas reforçou que a origem do transtorno está na maneira como foram construídos os edifícios naquele local.

A assessoria também afirmou que o Sanep possui equipe que trabalha exclusivamente nessas regiões, fazendo as desobstruções regulares, inclusive com investimento de mais de R$ 500 mil em equipamentos de menor porte para ser possível entrar e fazer a desobstrução nesses locais em que o acesso do maquinário é muito difícil. "O Sanep faz todo o possível dentro do que a estrutura do local permite. É uma operação complicada para atender a população e é feito todo o possível", finaliza o texto.

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