Solidariedade
Estimulação sensorial na Alfredo Dub busca apoio
Comunidade pode auxiliar espaço destinado aos alunos com surdocegueira com doações; somente em Novo Hamburgo há local similar no Estado
Gabriel Huth -
A Escola Especial Professor Alfredo Dub ajuda há quase sete décadas alunos com variadas deficiências. Sempre com o auxílio da comunidade, a instituição tenta manter-se ativa, atendendo atualmente em torno de 180 alunos. Porém, um pequeno grupo possui uma condição especial única e rara: a surdocegueira. E para lidar com ela, a escola vem tentando adaptar-se.
No início deste ano, um espaço foi destinado para servir como sala de estimulação sensorial. Com formação para ser instrutora-mediadora para crianças e guia intérprete a adultos com surdocegueira, Heniane Passos Aleixo é uma das poucas pessoas capacitadas para trabalhar na área no Rio Grande do Sul. Há seis anos ela começou a auxiliar uma menina surdocega, buscou a especialização com um curso em São Paulo e há dois anos trabalha no Dub. Além daqui, em Novo Hamburgo há outro trabalho similar sendo executado.
São oito crianças, com idades entre dois e 13 anos, com a condição, sendo atendidas na escola. Heniane explica que cada caso é único, havendo surdos com baixa visão, cegos com baixa audição, alunos com algum grau de cada ou com surdocegueira plus, quando alguma outra deficiência junta-se às duas já existentes. O estímulo pode vir de diversas maneiras, seja pelo toque, através dos odores e até mesmo do paladar. "É para eles perceberem que existem outros sentidos, além da visão e da audição", comenta.
Cada trabalho é diferente, sendo executado também com a família para mostrar que existe um mundo à volta, para ensinar, criar conceitos e sinais. As percepções precisam ser feitas com calma, para não assustar a pessoa, sendo realizadas diretamente no corpo, pela ausência de comunicação audiovisual. "A criança tem muitas possibilidades", defende, lembrando de casos nos quais familiares conformam-se e não buscam auxílio. O Dub possui inclusive um aluno de Pedro Osório, e, mesmo com as dificuldades da distância, a família faz a viagem diariamente. Atualmente, estima-se que existam 200 pessoas com a condição no Estado.
A sala, porém, encontra dificuldades para funcionar. Alguns materiais de sucata foram feitos por professores. Um colchão duro doado serve como tatame improvisado. O chão de piso frio não possui tapete. Garrafas PET, papelão e madeiras tornaram-se brinquedos. Faltam armários, prateleiras e suportes para guardar os itens, já precários. O grupo Bom Pastor abraçou a ideia, como tantas outras da escola. Uma das parceiras, Regina Al Alam Elias conta que com almoços beneficentes, conseguiram verba para apoiar em parte a criação da sala, vista como uma prioridade por eles. Porém, a ajuda da comunidade ainda é extremamente necessária.
Materiais esportivos, brinquedos, papelaria e eletrônicos podem ser doados. A diretora da instituição, Fabiane Carvalho Bohn, explica que a escola fornece quatro refeições por dia, mantendo-se principalmente com a ajuda da comunidade, pois as verbas públicas acabam sendo aplicadas em gastos com o pessoal. Questões estruturais, como falta de ventiladores e lâmpadas, também afetam o dia a dia da instituição.
Itens necessitados
Heniane, por conta própria, começou a desenvolver uma lista com os itens de extrema urgência para a sala sensorial funcionar. Vai desde produtos caros, como um triciclo adaptado avaliado em cerca de R$ 2.200,00, até a almofadas e pequenas bolas com texturas. Seis tablets, pequenos jogos e materiais médicos também são de extrema necessidade para a sala. No total, a escola estima um montante de aproximadamente R$ 10.000,00 para o pleno funcionamento.
Como ajudar?
Há diversas maneiras de ajudar a Alfredo Dub. Desde designar a entidade como destino dos valores no programa Nota Fiscal Gaúcha, do CPF na nota, até a depósitos programados.
Telemarketing: o mensageiro busca a doação no endereço. Telefone: (053) 3223-0638 ou pelo site
Depósito: Banco do Brasil - Agência 0029-9 - Conta corrente: 15.478-4 - CNPJ: 87.393.229/0001-11
Banrisul: Agência 0475 - Conta corrente 06.211084.0-0 - CNPJ: 87.393.229/0001-11
Doação direto na escola: rua Zola Amaro, 379 - Três Vendas
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