Saúde
Estudo sobre prevalência da Covid-19 deve começar no final de semana
Primeira saída de campo estava prevista para esta quinta-feira, mas atraso na entrega dos testes rápidos alterou cronograma; UFPel ainda recruta voluntários para a pesquisa
Divulgação -
A primeira saída de campo do estudo liderado pelo Centro de Epidemiologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), para avaliar a prevalência do novo coronavírus no Rio Grande do Sul, deve ocorrer no final de semana. A previsão inicial era de que as equipes pudessem estar nas ruas a partir de hoje. O atraso do Ministério da Saúde na entrega dos testes rápidos para Covid-19 provocou a alteração nos planos.
Sem os kits à disposição, os pesquisadores ficam impedidos de se familiarizar com o material para, depois, poder realizar treinamento com os profissionais e estudantes da área da Saúde encarregados das visitas domiciliares em oito regiões do território gaúcho. A pesquisa, inédita, foi encomendada pelo governo do Estado com o objetivo de responder três perguntas centrais: o percentual de infectados no Rio Grande do Sul, a velocidade com que o vírus tem se espalhado e a letalidade da Covid-19.
Os interessados em se tornar voluntários no estudo e assumir a tarefa de aplicar entrevistas e testes rápidos com a comunidade podem se candidatar a uma vaga. A UFPel ainda está recrutando pessoal - leia detalhes no quadro. O trabalho oferece ajuda de custo para combustível e valor por questionário aplicado, além de certificado de participação, ao final de todo o trabalho, no mês de maio.
"É uma operação de guerra. Sabemos da importância dessa pesquisa, que servirá de base para a tomada de decisões e para a elaboração de estratégias de saúde pública no combate à pandemia", destaca o reitor da UFPel e coordenador geral do projeto, Pedro Hallal.
Relembre
O estudo populacional liderado pelo Centro de Epidemiologia será desenvolvido em parceria com a Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). Ao que tudo indica, deverá ganhar adesão de pesquisadores de instituições como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) na fase de interpretação de dados.
Ao todo, 18 mil moradias serão visitadas no Estado, escolhidas de forma aleatória e com embasamento científico que segue critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS). As residências estarão localizadas em oito regiões definidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): Porto Alegre e região metropolitana, Pelotas, Santa Maria, Uruguaiana, Ijuí, Passo Fundo, Caxias e Santa Cruz do Sul/Lajeado.
As quatro rodadas de saída de campo ocorrerão em um intervalo total de 45 dias, para permitir a análise da evolução quinzenal da prevalência de infectados no Rio Grande do Sul. No último final de semana, o Ministério da Saúde já confirmou que quer replicar o estudo para todo o país. Uma oportunidade de ter a dimensão do cenário. E o mais interessante: o levantamento também permitirá conhecer o perfil de quem tem contraído a doença no Brasil, com dados sobre sexo, idade e nível socioeconômico.
Confira os pré-requisitos para se juntar ao grupo
- Ser profissional ou estudante da área da Saúde
- Estar fora do grupo de risco, ou seja, ter menos de 60 anos de idade, não ser fumante e estar livre de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, doenças autoimunes, insuficiência cardíaca, renal ou doença respiratória crônica
- Dispor de veículo e carteira de motorista
- Ter registro no Programa de Integração Social (PIS), preferencialmente
- De preferência, dispor de telefone celular com sistema operacional Android para aplicação dos inquéritos
Como se cadastrar?
Os interessados devem enviar mensagem eletrônica para [email protected] e apresentar informações, como nome completo, endereço, telefone, números da carteira de identidade e do Cadastro de Pessoa Física (CPF), área de formação ou curso e semestre da graduação em andamento e dados da conta bancária
Saiba também
- Alunos devem anexar atestado de matrícula.
- Todos os voluntários receberão treinamento especializado para uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e realização dos testes rápidos para Covid-19 e das entrevistas
- Será fornecida ajuda de custo de R$ 50,00 para cobrir gastos com combustível e R$ 10,00 por aplicação de questionário
- A estimativa é de que em cada uma das quatro etapas, cada voluntário realize 20 entrevistas.
- A logística dessas saídas de campo - inquéritos -, em Pelotas, terá a coordenação do Instituto Pesquisas de Opinião (IPO).
- O estudo conta com o financiamento de parceiros privados: Unimed Porto Alegre, Instituto Floresta, também da capital, e Instituto Serrapilheira, do Rio de Janeiro
- Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected]
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