Cultura
Feira do Livro alternativa é avaliada para abril
Após dois anos sem o tradicional evento, Câmara Pelotense do Livro projeta atividades para um alívio no setor
Jô Folha -
Em busca de alternativas à Feira do Livro, realizada entre os meses de outubro e novembro, a Câmara Pelotense do Livro está buscando a realização de atividades de menor proporção, já que o tradicional evento não acontece há dois anos por conta da pandemia. Projetada desde outubro do ano passado, uma feira que poderia ser realizada no Laranjal não sairá do papel devido à falta de verba. A expectativa é que no mês de abril o evento possa acontecer.
Após um 2020 de cancelamento de todas as atividades, o ano de 2021 foi marcado pela retomada gradual de ações que envolvessem o público. Cidades como São Lourenço do Sul, única na Zona Sul a realizar a feira, e Porto Alegre, colocaram barracas na rua para a venda de livros no ano passado. Já em Pelotas, o impedimento pela contenção do fluxo de pessoas, uma vez que a atividade é realizada na Praça Coronel Pedro Osório, e a falta de vacinas principalmente aos jovens, público-alvo do evento na cidade, levaram Executivo e Câmara do Livro a um consenso sobre a não realização.
Como modo de compensar, a chegou a propor à prefeitura a realização de uma primeira edição da Feira do Livro na praia do Laranjal. A intenção era manter duas datas voltadas à literatura na cidade e que resultaria em dois eventos anuais: um na primavera, no Centro, e outro no verão, no balneário.
Alto custo
As conversas ocorriam desde outubro e a atividade estava prevista para acontecer entre os dias 26 de janeiro e 6 de fevereiro deste ano. De acordo com o presidente da entidade, André Souza, a questão financeira foi a motivação para o cancelamento. "Os custos ficaram muito altos. A prefeitura repassa para o setor R$ 35 mil, a feira teria um valor aproximado de R$ 60 mil. Sabemos que subiu o custo de pirâmide, de segurança, tudo subiu muito e a verba continua a mesma", explica.
O impacto dos cancelamentos das feiras, de acordo com Souza, já é sentido e apenas duas livrarias em Pelotas seguem com dedicação exclusiva à venda de livros. "Na região muita livraria fechou, sei que há gente que precisou optar por outras áreas, como trabalhar de pedreiro, plantar… Como na cidade não teve feira, o pessoal precisou ir para outro meio para ter emprego", lamenta.
Novas alternativas já começam a entrar em pauta. Uma delas, a ser discutida com o Poder Público, envolve um evento que seria realizado em abril, por conta da Semana do Livro Infantil. "Nossa ideia era tentar fazer uma feira o mais rápido possível para suprir as perdas. Claro, ainda existem incógnitas, como o vírus, uma vez que já houve o cancelamento do Carnaval, por exemplo. Mas os livreiros precisam de uma feira para respirar um pouquinho", avalia Souza.
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