URGENTE

Golpistas invadem as sedes dos Três Poderes

Manifestantes furaram bloqueios e avançaram em Brasília

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Golpistas avançaram sobre sede do Congresso

Por redação
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Milhares de manifestantes golpistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro furaram bloqueios e invadiram a Esplanada dos Ministérios em Brasília, neste domingo (8). Os terroristas entraram em confronto com a polícia e invadiram as sedes dos três poderes: o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Policiais militares tentaram conter os invasores com uso de spray de pimenta, mas não tiveram sucesso.

No plenário do STF, os invasores destruíram móveis, quebraram vidraças, depredaram o teto e ativaram o sistema anti-incêndio. Segundo informações mais recentes, forças de segurança conseguiram entrar no STF e dispersar os terroristas. No Palácio do Planalto, os golpistas subiram até o quarto andar, deixando um rastro de destruição de móveis, obras de arte e escritórios.

Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal, 170 terroristas já foram presos em flagrante. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a prisão em flagrante de 30 pessoas que invadiram o Senado Federal.

O Fórum Nacional de Governadores se reuniu emergencialmente neste domingo e decidiu oferecer o envio de forças policiais dos estados para ajudar na segurança em Brasília. O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu a abertura de investigação para responsabilizar os envolvidos nas invasões ocorridas em Brasília.

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, disse que conversou com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, para mobilizar o aparato policial para conter a situação. "Repudio veementemente esses atos antidemocráticos, que devem sofrer o rigor da lei com urgência", tuitou Pacheco.

​O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que está na sede do Ministério, publicou no Twitter que "Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo".

O secretário de Segurança Pública e ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, que está nos Estados Unidos, diz que determinou que todo o efetivo da Polícia Militar e da Polícia Civil atue para restabelecer a ordem na capital federal. "Vandalismo e depredação serão combatidos com os rigores da lei", publicou. O governador Ibaneis Rocha mandou que Torres fosse exonerado do cargo neste domingo. A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu a prisão de Anderson Torres.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também repudiou os atos terroristas. "As cenas criminosas que vemos em Brasília, com barbárie e terrorismo no Congresso, STF e Planalto são absolutamente inaceitáveis em nossa democracia. No RS estamos com as forças de segurança prontas para resposta FIRME e IMEDIATA diante de qualquer tentativa de subversão da ordem", publicou no Twitter.

Lula decreta intervenção federal

O presidente Lula, que estava em Araraquara, fez um discurso à imprensa repudiando a invasão em Brasília. Lula garantiu que "todas as pessoas que fizeram isso serão encontradas e serão punidas" e que "vamos descobrir os financiadores e todos pagarão com a força da lei". Lula decretou intervenção federal na segurança pública do DF até 31 de janeiro para garantir a ordem e conter os atos terroristas. Ele retorna à Brasília ainda neste domingo.

A intervenção será comandada pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, subordinado diretamente à Presidência da República. Pelo Twitter, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que o secretário Ricardo Cappelli já se deslocou para assumir a intervenção na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

Reação internacional

Poucas horas depois do começo dos ataques, a invasão às sedes dos Três Poderes começou a repercutir na imprensa internacional, e governos de outros países reagiram às cenas de barbárie.

Estados Unidos, França, Argentina, México, Colômbia e Chile já divulgaram posicionamentos. O presidente colombiano Gustavo Petro condenou no Twitter os acontecimentos e convocou uma "reunião urgente da OEA (Organização dos Estados Americanos) se ela quiser seguir viva como instituição e aplicar a carta democrática".

Já Gabriel Boric, presidente do Chile, prestou solidariedade ao governo brasileiro. O presidente argentino Alberto Fernández ofereceu apoio incondicional a Lula "diante da tentativa de golpe de estado que ele enfrenta".

O presidente da França, Emmanuel Macron, manifestou apoio a Lula e tuitou que "a vontade do povo brasileiro e as instituições democráticas devem ser respeitadas!".

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, condenou os ataques, que classificou como inaceitáveis.

Matéria em atualização.

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