Saúde pública

Greve de funcionários na Santa Casa de RG está descartada neste momento

Quarta-feira foi marcada por caminhada pelas ruas centrais da cidade para cobrar por salários atrasados

A quarta-feira (9) foi de mobilização entre os trabalhadores da Santa Casa de Rio Grande. O movimento liderado pelo Sindicato dos Enfermeiros se transformou em caminhada por ruas centrais da cidade, para chamar a atenção da comunidade. A categoria decidiu descartar paralisações e greve neste momento, como chegou a ser cogitado.

Um encontro nos próximos dias deve indicar balanço da situação financeira do hospital e perspectivas para o pagamento dos salários atrasados. É no que apostam os funcionários. "Conseguimos um efeito prático, que foi a abertura de diálogo", destaca o presidente do Sindicato dos Enfermeiros no Rio Grande do Sul, Estevão Finger.

Um Termo de Compromisso foi assinado entre os trabalhadores e a direção do hospital. Ao se manifestar em nome da instituição, o vice-presidente da Associação de Caridade da Santa Casa, pastor Ruben Bonato também defendeu a importância de manter o debate constante e assegurou que a grande prioridade é, sim, o pagamento dos funcionários.

"Não é verdade que estamos recebendo recursos, sem fazer pagamento aos trabalhadores. Isso é fofoca de uns e imaginação de outros", enfatizou Bonato. Ao comentar o encontro dos próximos dias, o vice-presidente não adiantou data, mas assegurou que o tema é urgente.

Avanços em Brasília? Além do encontro no Ministério da Saúde - previamente agendado para noite de terça-feira -, a comitiva da prefeitura de Rio Grande e da direção da Santa Casa também conseguiu audiência na Caixa Econômica Federal, nesta quarta. O Diário Popular não conseguiu obter informações sobre possíveis avanços nas negociações com o banco, que poderiam ajudar nas dificuldades financeiras enfrentadas pelo hospital, que vêm sendo agravadas pelos reiterados atrasos nos repasses de verba do Governo do Estado.

Em Canguçu, dúvida é quanto ao comando do hospital
A indefinição sobre quem assumirá o comando do Hospital de Caridade é um dos temas centrais da assembleia geral de sócios marcada para o início da noite desta quinta-feira. O prazo de inscrições se encerrou na terça-feira sem nenhuma chapa inscrita. A dúvida, portanto, é se surgirá algum grupo interessado em concorrer e se será permitido o registro de candidatura fora do período previamente estabelecido.

No encontro, a atual diretoria também apresentará relatório de trabalho e oficializa a dissolução. "Se não aparecer nenhum interessado, vamos entregar ao Conselho Fiscal, que irá tomar as definições", explica o gestor administrativo, Mário Luiz Fonseca.

Enquanto isso, segue a greve de funcionários, deflagrada em 26 de abril. E as pendências que os trabalhadores aguardam ver cumpridas permanecem distantes. Ainda faltam ser pagas quatro parcelas do 13º salário de 2016, todo o 13º de 2017, 15% dos salários do mês de março, além do de abril, que já venceu.

A orientação também é a mesma: focar os atendimentos nos casos de urgência e emergência. Na terça-feira, por exemplo, apenas 38 dos 120 leitos estavam ocupados. Um cenário que reflete a velha crise financeira. Os cálculos indicam que entre os incentivos estaduais e federais dos meses de março e abril, além da produção de abril, cheguem a aproximadamente R$ 500 mil; recursos mais uma vez atrasados.

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