HE/UFPel
Hospital Escola volta a ter tratamento de radioterapia
Após dois anos e meio sem o serviço, procedimento volta a ser ofertado na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas
Gabriel Huth -
“Este é mais um exemplo, uma aula, de como a Universidade Federal de Pelotas se porta diante da sociedade”. Essas foram as palavras utilizadas pelo reitor Pedro Curi Hallal na manhã desta sexta-feira (31) para tratar da importância da reabertura dos serviços de radioterapia no Hospital Escola/Ebserh da UFPel. Importância que é apresentada em números: o novo acelerador linear atenderá 21 municípios e um universo de um milhão de habitantes da região com atendimento 100% via Sistema Único de Saúde (SUS). A conquista, comemorada por diversas autoridades presentes, é também motivo de esperança para cerca de 120 pacientes oncológicos que aguardavam em lista de espera pelo atendimento há dois anos e meio.
A reabertura é um alento a cerca de 120 pacientes que aguardam em fila de espera pelo atendimento para tratamentos de diferentes tipos de câncer. Diferente da antiga bomba de cobalto, em funcionamento desde a década de 1970, o acelerador linear de partículas oferece um serviço com mais qualidade, o que torna os tratamentos mais exitosos. Anteriormente, lembra a superintendente do HE/Ebserh, Samanta Madruga, eram comuns alguns efeitos como queimaduras em tecidos próximos ao local do tratamento. O novo equipamento dá as condições de tratar especificamente o local indicado, diminuindo estes efeitos e possibilitando mais eficiência neste tipo de tratamento.
A expectativa inicial da equipe era começar a chamar três pacientes por semana para atualizar exames e fazer revisões do tratamento. No entanto, a equipe superou as expectativas e estão sendo chamados nove pacientes por semana. “Em três meses, queremos realizar entre 60 e 80 procedimentos por dia. A fila vai andar rápido”, projetou.
O acelerador foi possível graças a um trabalho coletivo que envolveu diferentes diretores, administrações e ao programa de expansão da radioterapia, lançado pelo governo federal em 2010.
UFPel para a comunidade
No seu discurso durante o ato de inauguração, o reitor Pedro Hallal destacou o trabalho coletivo para a conquista. “A UFPel é hoje parte do sistema de saúde da comunidade. Temos quatro UBS, um hospital 100% SUS. A educação tem sido maltratada neste últimos meses. Precisamos de apoio da comunidade para que ela volte a ser priorizada”, aproveitou Pedro, ao tratar dos cortes orçamentários na instituição.
Presente também na inauguração, o secretário de saúde Leandro Thurow, que também pediu mobilização dos políticos presentes para aprovar, em âmbito federal, o aumento do teto de gastos na área da radioterapia. Hoje, o município dispões de R$153 mil mensais oriundos do Ministério da Saúde e, desde 2016, aguarda a aprovação do governo federal para aumentar o recurso em R$442 mil mensais. “Há cada vez mais demanda pelo serviço. É uma conquista para a comunidade de Pelotas, é mais qualidade no atendimento e na vida dos pacientes”, disse.
Aprender e tratar
Além de prestar o atendimento com uma equipe de médicos e físicos, o novo equipamento é também um instrumento de aprendizado para os futuros médicos oncologistas. O diretor Marcelo Capilheira, explica que, com o aumento da expectativa de vida da população, existe uma tendência ao aumento da ocorrência de câncer e busca por tratamento.
“Abre uma porta para inserir o estudante dentro deste setor, que ficará aqui no campus. Conseguimos também, fechar um ciclo: hoje tem pacientes que são atendidos em UBS da UFPel, são encaminhados aqui ao ambulatório e agora podem fazer o tratamento aqui dentro em parceria com o Hospital Escola”, explicou Capilheira.
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