Nas últimas oito safras, o grupo Porteira Aberta, formado por uma empresa de consultoria e seus clientes, reúne-se para discutir os resultados das produções de soja e arroz, trocar experiências e fazer os balanços finais de produtividade e rentabilidade. Neste ano, não foi diferente. Porém, desta vez, uma mensagem via grupo de WhatsApp estimulou as pessoas a levarem também alimentos para doação em prol de três instituições assistenciais: O Instituto São Benedito, o Banco de Alimentos Madre Tereza de Calcutá e a Escola Alfredo Dub.

O engenheiro agrônomo e diretor da empresa de consultoria Porteira Adentro, Eduardo Munhoz, disse que a iniciativa surgiu com uma imagem com o lema "Abrindo as porteiras da solidariedade" enviado no grupo junto ao convite para o encontro anual. A partir disso, o pessoal, cerca de 90 pessoas, sentiu-se instigado a participar e o resultado final foi acima do esperado: em torno de duas toneladas de doações, entre produtos não perecíveis e leite. Para ele, além de fazer caridade, o grupo pretende inspirar outras pessoas e instituições para fazerem o bem. "Fazer solidariedade não é difícil, requer apenas boa vontade", sugeriu.

Munhoz se disse surpreendido com o engajamento dos clientes. Para ele, o pessoal "botou a régua lá em cima" na hora de contribuir, até por algo voluntário, enviando no grupo uma sugestão para quem fosse ao encontro. As duas toneladas arrecadadas, agora, serão divididas proporcionalmente para as três instituições e deverão ser entregues já nos próximos dias.

Emoção na recepção
Maria Eulalie Fernandes participa um pouco de cada uma das instituições. Coordenadora do Banco de Alimentos Madre Tereza de Calcutá e do Grupo de Apoio Bom Pastor da Escola Alfredo Dub, além de mordoma do Grupo de Apoio do Instituto São Benedito, ela foi até o encontro na tarde desta quinta-feira (24) receber as doações. A emoção tomou conta dela ao fazer um pronunciamento agradecendo aos doadores participantes.

Ela diz não se recordar de tamanha doação vinda de um único grupo. Deixando sempre claro que seu objetivo é diminuir cada vez mais a fome na cidade. Destacou a necessidade dessas entidades receberem ajuda da população. No inverno, as roupas aumentam, mas de alimentos mantém sempre a mesma média. Por isso, a doação, principalmente de leite, é necessária para suprir as demandas de todas as instituições.