Fim da greve
INSS de Pelotas volta aos poucos ao normal após greve de médicos
No INSS do município os médicos peritos já estão efetuando os atendimentos e a categoria deve cumprir o que foi acordado
Gustavo Mansur -
Depois de 165 dias em greve, a Associação Nacional de Médicos Peritos (ANMP) entrou em acordo com governo federal. No INSS do município os médicos peritos já estão efetuando os atendimentos e a categoria deve cumprir o que foi acordado. Os profissionais terão o prazo máximo de seis meses para reposição das horas não trabalhadas. A negociação foi assinada esta semana e entra em vigor em todo o país.
A agência do INSS, na rua Almirante Barroso, volta ao poucos à normalidade das perícias médicas. Nesta sexta-feira (19) pela manhã, Adimir da Silva, 53, foi até o local em busca de atendimento. Com problema de locomoção desde 2013 em razão de cirurgia na coluna, ele depende da cadeira de rodas ou do suporte do andador. Para continuar recebendo o benefício, em dezembro, Adimir esteve na agência para agendar a consulta, que só aconteceu dois meses depois.
A Delegada da ANMP em Pelotas, Maura Malcon, afirma que, diferente de outras agências do país, por aqui, desde o dia 25 de janeiro os médicos estão trabalhando normalmente. No inicio, a prioridade foram os novos encaminhamentos ao INSS, e aos poucos a agenda está voltando ao normal. Todos os tipos de perícias já voltaram a ser feitas.
Termos do acordo
O compromisso assinado entre ANMP e o governo estabelece o atendimento de todas as perícias médicas não realizadas desde o início da greve, assim como a reposição das horas não trabalhadas nas agências do INSS. Segundo Maura, os grevistas irão acertar com os chefes de cada agência como procederão essa recuperação de serviços no prazo de seis meses.
Quanto ao salários, o acordo tem vigência por quatro anos e estabelece reajuste de 27,9% em quatro parcelas. A primeira será paga em agosto, no percentual de 5,5%. As demais, correspondem a 6,99%, 6,65% e 6,31%, sempre no mês de janeiro, em 2017, 2018 e 2019.
Relembre
A greve começou no dia 4 de setembro do ano passado. A categoria reivindicava reajuste no salário e redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais sem perda de remuneração. Segundo o Ministério do Planejamento, estima-se que 1,3 milhão de perícias médicas deixaram de ser realizadas no período.
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