Em breve deve ser conhecido o laboratório que passará a responder pela análise dos exames de pré-câncer de colo de útero pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Pelotas. Uma empresa de Porto Alegre já está apta ao credenciamento, mas a documentação ainda depende de avaliação jurídica da Procuradoria-Geral do Município (PGM), para decidir se o contrato será realmente assinado. É o Serviço Especializado de Ginecologia S/S (SEG). O nome chama a atenção, já que é praticamente igual ao da empresa que realizava o serviço até estourar a suspeita de irregularidades.

Ainda no mês de julho, o SEG, com sede na capital, elaborou carta para ressaltar que não havia qualquer ligação entre os dois estabelecimentos. A comunicante esclarece que embora a razão social seja praticamente homônima a sua, nenhum vínculo societário/institucional/funcional possuem ou possuíram entre si - apontava ao indicar Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e endereço distintos.

Ao falar sobre o provável novo prestador de serviços, na manhã de ontem, a secretária de Saúde, Ana Costa, preferiu cautela: "Ainda não dá para dizer que será este laboratório. O que podemos garantir é que eles cumpriram todos os pontos solicitados até aqui".

O edital indica: a vigência do contrato será de um ano, com possibilidade de ser prorrogado por até 60 meses. Ao todo, 1,3 mil exames serão oferecidos por mês, em um investimento de R$ 9.391,00.

Relembre
A prefeitura já havia aberto outro edital para definir o laboratório que assumiria a análise dos citopatológicos, mas o processo terminou deserto. Para aumentar as chances de obter interessados, o Executivo ampliou a área de abrangência para municípios a uma distância inferior a 300 quilômetros de Pelotas. Foi, então, que o Serviço Especializado de Ginecologia S/S - e não Serviço Especializado de Ginecologia Ltda, como o SEG de Pelotas - se candidatou ao contrato.

E a CPI?
As atividades da Comissão Parlamentar de Inquérito estão paradas há três semanas, desde que o Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu se retirar da CPI. Leia mais sobre o assunto na página 11.