Com problemas de energia elétrica desde o dia 18 de abril, quando a empresa responsável pela obra no Calçadão rompeu acidentalmente um cabo de abastecimento, a Galeria Central entrou com uma liminar contra a prefeitura para garantir o fornecimento do gerador cedido pela Construtora Pelotense por mais 15 dias, enquanto ocorre a adequação na casa de transformador do prédio. A decisão tomada pelo juiz da 4ª Vara Cível do Foro de Pelotas, Bento Fernandes de Barros Júnior, foi favorável à administração da galeria, dando mais 15 dias para os ajustes técnicos.

No dia 2 deste mês, dois dias após o segundo gerador fornecido pela Construtora dar problema e um terceiro ser solicitado, a prefeitura e a empresa determinaram que o prazo final para o auxílio seria no último sábado. No dia 30, a CEEE notificou a galeria que o reabastecimento definitivo da energia elétrica não poderia ser feito antes da adequação da casa de transformadores. Na última sexta (4), o condomínio entrou com recurso na Justiça, pedindo mais prazo para o fornecimento do gerador, que se encerraria no sábado. A decisão do juiz foi de que o condomínio teria até esta terça para apresentar o plano de adequação à Justiça, com mais dez dias para a realização dos ajustes.

O síndico da galeria, Marcos Rodrigues, afirma que uma empresa já foi contratada para a prestação do serviço no transformador. Segundo ele, a ligação elétrica no prédio tinha sido reformada em 1998, com todas as exigências da época cumpridas. No entanto, as novas normas da CEEE apresentam outras exigências técnicas, que já estão sendo providenciadas. "Quanto antes resolvermos a situação definitiva do abastecimento, melhor. Esperamos que antes desses 15 dias concedidos pela Justiça o caso esteja resolvido."

De acordo com os advogados que representam a galeria, ainda consta na ação perante a Justiça o ressarcimento referente às obras que serão realizadas na subestação. O secretário de Planejamento e Gestão, Paulo Morales, antecipou à reportagem que o assessoramento jurídico vai contestar o pedido de custeio do gerador na galeria, visando o "interesse público". Sobre ressarcir as obras na subestação, ele afirmou não ter conhecimento e que a liminar é específica ao gerador.