Dentro de aproximadamente 15 dias a região do Porto de Pelotas vai receber um Ecoponto. As obras já estão sendo finalizadas e as expectativas são boas, considerando os bons resultados já obtidos. O Lindóia será a próxima área que passará a contar com o serviço. Os locais exclusivos para descarte de materiais que não são retirados pela coleta comum já existem no Areal, Fragata e Laranjal, e o esperado é que até o final do atual mandato a cidade conte com um total de 12 Ecopontos. O objetivo é claro: quanto mais pontos, menos lixo nas ruas. Em breve, as próximas etapas do projeto da Secretaria de Serviços Urbanos e Infraestrutura (Ssui) vão contemplar o cruzamento entre as avenidas São Francisco de Paula e República do Líbano e o Pestano.

Os locais apropriados para descarte de materiais são de grande valia para a cidade, uma vez que eles dão destino àquilo que não é reciclado e comportado pelo lixo doméstico. Atualmente, são dez caixas coletoras que recebem objetos feitos de plástico, papelão, vidro, madeira, bem como cascotes e eletrônicos, entre outros. O trabalho da prefeitura funciona em conjunto com cooperativas de reciclagem habilitadas para realizar tal serviço. O diretor do setor de Praças e Ecopontos da Ssui, Sérgio Bizarro, explica que existem materiais - como pilhas e medicamentos vencidos - que ainda precisam de liberação ambiental. Porém, o avanço é perceptível, já que, agora, os Ecopontos podem recolher pneus e resíduos eletrônicos, por exemplo.

Os resultados positivos também mostram como os serviços oferecidos pelos Ecopontos estão avançando ao longo dos meses. De acordo com dados da Secretaria, no Ecoponto da avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira, 870 carros se dirigiram ao local para descartar materiais em janeiro. Em fevereiro foram 883, seguidos por 946 em março. Já no último mês, foram 1.091. Em janeiro, foram 28 pessoas a pé, de moto, de bicicleta e com carrinho de mão. 34 em fevereiro, 31 em março e, por fim, 32 em abril. Estes são apenas alguns dos dados contabilizados pela pasta só em um Ecoponto. "Os três na cidade têm capacidade de tirar bastante lixo", afirma Bizarro.

Como é construído um Ecoponto?
Para começar um ponto de coleta do zero, é necessário, primeiramente, ter um terreno disponível. Geralmente a área vem da própria prefeitura, a fim de evitar gastos. A partir daí, começa o trabalho de cercamento do local. Cerca de 12 coletores são colocados, assim como um contêiner que servirá de escritório para os orientadores que trabalharão lá. Sérgio ressalta que o trabalho dos profissionais é, como o próprio nome sugere, de apenas direcionar a população que chega para descartar o lixo. Por fim, um caminhão com guincho para duas caixas coletoras é necessário para atender, no máximo, dois ecopontos.

Outras iniciativas da Ssui
Entre os três Ecopontos e as sete regionais da cidade, a pasta de Serviços Urbanos e Infraestrutura recolhe 800 toneladas de lixo por dia. Somado a isso, há as 250 toneladas recolhidas diariamente pelo Sanep. Para uma cidade de 350 mil habitantes, os números são grandes. Tendo em vista que Pelotas, portanto, produz aproximadamente mil toneladas de lixo por dia, o projeto Ame o Bairro tem como objetivo conscientizar crianças de escolas municipais e estaduais.

A metodologia, conforme explica Sérgio Bizarro, consiste em levar esses números para os pequenos e explicar quais dificuldades são encontradas pelo Poder Público nesse processo. "É um trabalho caro e demorado", pontua. O trabalho de conscientização se faz necessário à medida em que traz conhecimento para as crianças. Elas, por sua vez, adquirem autoridade para apontar os erros cometidos pelos adultos.

Onde estão localizados os Ecopontos em Pelotas

Laranjal - rua Bom Jesus, 95, no Balneário Valverde
Centro - avenida Juscelino Kubitschek, 3.195
Fragata - rua Epitácio Pessoa, 918

E os novos pontos?

Porto - rua Paulo Guilayn, 301
Lindóia - rua Ernâni Osmar Blass
Pestano - avenida Leopoldo Brod
Três Vendas - cruzamento entre as avenidas São Francisco de Paula e República do Líbano