De novo
Mais uma vez sem luz
Galeria Central está às escuras desde segunda-feira, após problemas no gerador fornecido pela Construtora Pelotense
Jô Folha -
"Estamos fechados por falta de energia elétrica da Galeria Central. Sem previsão de retorno". Este é o aviso para quem se aventura na escura Galeria Central para comprar um sorvete em uma tradicional loja de doces. Após o rompimento de um cabo de alimentação nas obras do Calçadão, que deixou a galeria sem luz por dois dias há duas semanas, o centro comercial voltou a ficar às escuras, primeiro no sábado e depois desde segunda-feira. O motivo: insuficiência dos geradores fornecidos pela Construtora Pelotense, responsável pela repaginação do Calçadão.
Assim, os lojistas reclamam da falta de movimento, que chegou junto com o canteiro de obras na Andrade Neves entre Sete de Setembro e Marechal Floriano, e agora se intensifica sem a eletricidade. As vendas chegaram a diminuir 80% em alguns pontos, segundo relatos dos próprios comerciantes, que em algumas lojas não conseguem emitir notas fiscais ou fazer vendas por cartão de crédito. A situação é instável desde sábado, quando o primeiro gerador instalado deu problema. Na segunda-feira foi instalado um novo, que acabou não funcionando.
A solução adotada por muitos é a utilização de pequenas luminárias portáteis. Dono de uma loja de capas de celulares, Paulo Roberto Wester Wilmann optou pela instalação de um gerador próprio na tarde desta quarta-feira. Porém, com baixa capacidade, a luz cai e volta constantemente. O prejuízo avaliado é de 50% nas vendas.
Outros comerciantes optam por manter as portas fechadas. É o caso de uma loja de doces, que vende sorvetes e depende de freezers para manter o serviço. O proprietário, Ubirajara Ceroni Júnior, lamenta os prejuízos. Da primeira vez que a luz foi interrompida na galeria, cerca de 45 potes de sorvetes estragaram, uma perda estimada em R$ 6 mil.
Para manter a estabilidade nos últimos dias, ele optou por firmar parceria com uma loja da rua XV de Novembro, que também fornece uma extensão para iluminação dos corredores da galeria. No entanto, a loja de Ubiratan está com as portas fechadas desde segunda. "A situação é crítica. Tenho que pagar meus funcionários, mas não tenho como vender. A gente nota um descaso da construtora", lamenta.
Sem luz e movimento, a insegurança
O prejuízo em uma loja que vende alianças, logo na entrada da galeria pela rua Andrade Neves, é avaliado em 80% pelos funcionários. Sem luz nesta quarta-feira, as vendas por cartão de crédito tiveram que ser interrompidas. Desde sábado com a situação instável, os funcionários clamam por providências da administração da galeria. "Há um descaso total com os lojistas. A gente não vê movimentação nenhuma para o caso ser solucionado. O movimento caiu drasticamente porque as pessoas ficam receosas de entrar na galeria no escuro", avalia a balconista Chaiane Pereira.
A situação da geração de energia foi solucionada temporariamente pela Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), em conjunto com a Construtora Pelotense, através do fornecimento de um gerador. Segundo o secretário Paulo Morales, "as ligações de energia estavam incompatíveis" com a norma atual, o que fez com que o cabo de força fosse acidentalmente rompido nas obras do Calçadão no dia 19 de abril.
A Seplag fez os reparos e na segunda-feira comunicou à Galeria. No entanto, a CEEE exigiu adequação na casa de transformadores do prédio, que também apresenta incompatibilidades com a norma atual. Enquanto a situação não é resolvida, a secretaria se comprometeu a manter o abastecimento por gerador até o próximo sábado. A previsão é que o novo equipamento chegue de Porto Alegre e seja instalado ainda nesta quarta ou na quinta-feira.
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