A reabertura da maternidade da Santa Casa de Misericórdia ficou, realmente, transferida. A unidade - com 19 leitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) - abrirá as portas no próximo sábado, 8 de dezembro, e não neste dia 1º como chegou a ser anunciado pela Secretaria de Saúde de Pelotas. Um impasse sobre o número de pediatras de plantão provocou o atraso. A Provedoria do hospital passou a negociar com um outro grupo de profissionais e chegou a acordo, no início da noite de sexta-feira (30). Os dez médicos voltam a sentar com a direção da Santa Casa na terça, quando terminam de definir as escalas e assinam os contratos.

"A partir do dia 8 estaremos em condições de conceder à comunidade o atendimento que ela merece", resume o provedor Lauro Ferreira de Melo. E não deixa de disparar críticas aos pediatras que, nos últimos dias, fincaram posição de que só atuariam se dois médicos estivessem de prontidão, por plantão, para acompanhar os dois obstetras que estarão à disposição; graças ao repasse complementar a ser feito pela prefeitura no valor de R$ 150 mil por mês.

Antes da interrupção das atividades, em agosto, a maternidade - referência no atendimento a grávidas de baixo risco - atuava com apenas um obstetra por plantão e acumulava um déficit financeiro que já não permitia mantê-la de portas abertas. Nestes quatro meses sem a estrutura em operação, uma cena lamentável se tornou comum: gestantes no aguardo de acolhimento em Pelotas ou transferidas para outras cidades da região. Ou, o pior: na espera para darem à luz seus filhos no ambiente tenso - e, não raro, superlotado - do Pronto-Socorro de Pelotas (PSP).