Projeto
Uma verdadeira final da cidadania
Campeonato de Projetos Sociais do Barbuda FC chega à decisão como um lance bonito de inclusão
Gabriel Huth -
O importante é a promoção da cidadania, claro, a oportunidade de um espaço para lazer e, quem sabe, começar uma profissão. Mas, neste momento, a vontade de ganhar fala quase mais alto. Ocorrem neste sábado, no Sítio Floresta, as finais da primeira edição do Campeonato de Projetos Sociais do Barbuda FC.
Sítio Floresta
O Barbuda FC é um time com 60 anos de trajetória no circuito amador pelotense. Situado no Sítio Floresta e levando o vermelho e o azul como cores, desde o início do ano iniciou projeto para categorias de base - sub-13 e sub-15. A ideia, muito mais do que criar jogadores para disputar as competições pela equipe, é promover a inclusão de jovens das redondezas, moradores de rua, inclusive. A competição que se encerra neste sábado é a primeira organizada pelo clube para integrar os projetos irmãos.
“A gente quer é incentivar a meninada”, comenta o presidente, Altair Voss. Ele reclama, porém, do pouco apoio para que o projeto tenha sequência. Recentemente, o Tri Legal e a faculdade Anhanguera financiaram os uniformes, mas, fora isso, a contribuição tem sido pouca. Atualmente, 50 crianças e adolescentes treinam no local entre as duas categorias.
Sanga Funda
O Jovem Atleta da Sanga Funda conseguiu um grande feito: disputa a final das duas categorias, sub-13 e sub-15. O projeto nasceu dentro do homônimo do Getúlio Vargas. Edison Rodrigues, o criador, participava da ONG e percebeu que cabia criar uma versão no bairro onde morava. Começou em 2014 com uma equipe sub-17 e, um tempo depois, foi criado o time sub-13 que chegou a ser campeão colonial.
Em 2016, o projeto teve de ser interrompido por falta de local para funcionar. Um ano depois, através de parceria com o salão Casarão, as aulas voltaram. “A competição é muito importante, mas o principal é a amizade que se forma, a maturidade que eles ganham aqui”, comenta Rodrigues. Para participar, é preciso ter bom comportamento na escola e em casa.
Hoje com 17 anos, Henrique Valeron entrou no Jovem Atleta Sanga Funda em 2014. Neste sábado, estará em campo disputando a final do sub-15 do campeonato, com uma ficha acima da idade permitida. “O projeto foi tudo pra mim, desde a minha infância. O que eu mais gosto aqui é o próprio Edison, que é um pai.”
Para 2019, o objetivo é melhorar em termos de estrutura. Conseguir uniformes próprios - a final será disputada com fardamento emprestado - e conseguir verba para comprar chuteiras para os meninos que não possuem.
Getúlio Vargas
O Jovem Atleta do Getúlio Vargas é outro que disputará dois jogos no sábado. O sub-15 disputa o terceiro lugar e os pequenos do sub-13 vão atrás do sonhado troféu contra os coirmãos da Sanga Funda. Dos finalistas, é o projeto há mais tempo em funcionamento. Já são dez anos servindo como oportunidade para crianças daquela localidade e também do vizinho Pestano.
O início foi nos campinhos de grama do Getúlio Vargas. Na sequência, o projeto foi abraçado pela Emef Mário Meneghetti. Ao todo, 1.200 crianças já passaram pela ONG, incluindo o meia Silas. Cria do Jovem Atleta, ele migrou para o Internacional e, atualmente, defende o Zorya, da Ucrânia.
O novo nome promissor do projeto é um baixinho mirrado que veste a camisa com o número 5 às costas. É Pedro Costa o nome dele. Com 12 anos, muita marra, habilidade e maturidade, ele é o destaque e o ponto de equilíbrio da equipe. No último sábado, após botar a semifinal no bolso, disse ao Diário Popular: na final, fará mais dois. Quem segura?
Contribua com os projetos
Jovem Atleta Sanga Funda
Edison - (53) 98128-5470
Jovem Atleta Getúlio Vargas
Carlos - (53) 98462-5724
Barbuda FC
Altair - (53) 98426-3470
As finais
Sub-13
Jovem Atleta Getúlio Vargas x Jovem Atleta Sanga Funda
Sub-15
Barbuda FC x Jovem Atleta Sanga Funda
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