Literatura

Médico escreve livro sobre a evolução da medicina

Obra idealizada pelo médico José Raymundo vai reunir depoimentos de médicos antigos e novos sobre as experiências vividas nos hospitais de Pelotas

Gabriel Huth -

Pelotas é referência mundial em Epidemiologia e foi pioneira em muitas ações na área médica, entre elas a fabricação de próteses, há 50 anos, por iniciativa do médico Mário Brum Braga. Essas e várias outras informações estarão na obra intitulada A evolução da Medicina em Pelotas - Do ontem para o amanhã, projeto idealizado pelo traumatologista e ortopedista José Raymundo. O trabalho envolve a interação de antigos e novos profissionais sobre as experiências vividas em hospitais, e é forte candidato à premiação no Congresso Brasileiro da História da Medicina, que ocorre dias 26 e 27 deste mês, em Caxias do Sul.

O livro vai contemplar todas as especialidades e já foram ouvidos até agora 21 médicos das áreas de obstetrícia, cardiologia, aparelho digestivo, epidemiologia, psiquiatria e pediatria. Os depoimentos iniciaram em março deste ano e devem ser concluídos em seis meses. Com a ajuda de acadêmicos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Raymundo ouve os especialistas e faz a compilação das informações.

Os convidados falam sempre na primeira sexta-feira de cada mês, na Associação Médica de Pelotas (AMP), em eventos abertos a médicos e estudantes. “Juntamos o médico mais antigo e um jovem de cada especialidade para contar a história da transição”, explica. Cada um conta episódios que marcaram a carreira e os avanços. Um exemplo: há 60 anos a úlcera gástrica era resolvida com cirurgia. Hoje tratada apenas com medicamentos.

Segundo Raymundo, a ideia é valorizar o médico idoso e proporcionar a interação com o médico jovem. A cada evento é possível proporcionar a eles que se conheçam e troquem experiências. O projeto foi pensado como forma de agradecimento e legado para Pelotas, explica Raymundo, que tem o título de Cidadão Pelotense pelos serviços prestados à comunidade e é natural de Porto Alegre.

Com Doutorado em Tecido e Colágeno pela Universidade de São Paulo (USP) e Mestrado em Ciência Básica pela Escola Paulista de Medicina, Raymundo é também um historiador em Medicina. Observa que com 120 mil habitantes, Pelotas já contava com duas faculdades de Medicina. O médico trabalhou um ano e meio na elaboração do projeto agora em prática.

A obra pretende divulgar técnicas antigas e novas aplicadas na Medicina, a evolução, e a contribuição dos médicos pelotenses no contexto mundial. “Hoje em dia, tudo que se faz mundialmente, se faz aqui”, ressalta. A Liga de Traumatologia da UFPel se encarrega do transporte dos médicos idosos aos eventos de audição. Algumas especialidades atraem mais público que outras e já teve evento com 80 pessoas acompanhando. “Os acadêmicos de Medicina são estimulados a ir”, acrescenta.

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