Sem verbas
Médicos da Santa Casa de São Lourenço dão ultimato
Profissionais estão sem receber há 5 meses e podem rescindir contrato até o dia 13 de janeiro
Infocenter -
Sem receber há cinco meses, cerca de 20 médicos que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Santa Casa de Misericórdia de São Lourenço do Sul devem rescindir seus contratos a partir do dia 13 de janeiro de 2018. Este é o prazo dado pelos especialistas das áreas de obstetrícia, pediatria, cirurgia geral, anestesia, traumatologia, cardiologia, radiologia e clínica geral, conforme notificação à instituição. A medida foi tomada no 14 de dezembro, com prazo de 30 dias. Caso a situação se concretize, a instituição ficará sem atendimento pelo SUS.
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Conforme nota divulgada pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), a situação do pagamento dos salários está “caótica desde 2016”. Em fevereiro deste ano, os profissionais realizaram uma greve, que suspendeu os atendimentos pelo SUS. Após 50 dias de paralisação, foi fechado acordo parcelando a dívida em 18 meses. Porém, o Simers diz que a negociação não foi cumprida e os médicos decidiram não esperar mais pela normalização dos pagamentos.
A Santa Casa de São Lourenço confirma os atrasos no pagamento dos profissionais. Segundo o provedor da instituição, José Ney Pereira Lemes, as verbas que chegam do município e do governo estadual são insuficientes para cobrir os gastos do hospital. Por isso, não há previsão de pagamento para os profissionais, que assim deixariam de atender pelo SUS.
"Estamos estudando alternativas. Os médicos têm todo o direito de parar o atendimento, afinal estão sem receber. Na segunda-feira (18), formamos uma Comissão Especial no município, envolvendo diversas entidades civis e públicas, para buscar solucionar essa situação. Se não houver maior repasse do município e do estado, fica impossível pagar os funcionários", afirma José Ney.
O provedor destaca que, primeiramente, a Santa Casa de Misericórdia está atuando na esfera administrativa pra conseguir maior repasses. Caso a situação se mantenha, a tendência é que entre judicialmente para solucionar a situação.
Com informações da Assessoria de Comunicação do Simers
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