Distanciamento Controlado
Momento é de expectativa por alteração em decretos
Prefeituras realizam reuniões com Comitês Técnicos para decidir se ajustam regras, após anúncio de bandeira amarela na Zona Sul
Carlos Queiroz -
O clima é de expectativa por possíveis alterações nos decretos municipais, na carona da bandeira amarela - de baixo risco - em que as 22 cidades da Zona Sul estarão, pelo menos, até o domingo, dia 14. A palavra, entretanto, é cautela. Em Pelotas e em Rio Grande, o início de semana foi marcado por reuniões das prefeituras com representantes dos Comitês Técnicos que orientam a tomada de decisão para o enfrentamento do novo coronavírus.
"Vamos continuar muito atentos e avançando lentamente, submetendo todas as análises de possíveis flexibilizações ao Comitê de Crise, compreendendo a questão econômica como fundamental, mas sempre ouvindo a Ciência e valorizando a vida", afirmou a prefeita Paula Mascarenhas (PSDB).
Em live no começo da tarde desta segunda-feira (8), pelas redes sociais, o governador Eduardo Leite (PSDB) comentou a quinta rodada de revisão das bandeiras do Distanciamento Controlado e foi enfático, ao mencionar a variação de cores que define quais protocolos devem ser atendidos, em cada uma das 20 regiões em que o território gaúcho foi dividido. "Não se trata de volta à normalidade ou de flexibilização aleatória desordenada", reforçou.
E, como tem feito em vários pronunciamentos, o governador reiterou o apelo para a população se manter engajada no combate à Covid-19, seja com hábitos aprimorados de higiene e de prevenção, seja ao sair de casa apenas em situações estritamente necessárias.
Revisão permanente do modelo de Distanciamento
Um grupo de especialistas tem se dedicado à análise dos indicadores que permitem definir em qual nível de risco as regiões se encaixam, conforme a velocidade de disseminação do novo coronavírus e a capacidade de atendimento da rede pública de saúde. Não estão descartados ajustes no modelo, para que as mudanças entre as bandeiras amarela, laranja, vermelha e preto - de riscos baixo, médio, alto e altíssimo - correspondam à realidade de cada região, considerados o avanço da doença e a sobrecarga sobre a rede hospitalar.
Nesta segunda=feira, por exemplo, o Rio Grande do Sul atingiu o maior índice de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) ocupados por pacientes com diagnóstico confirmado ou suspeito de Covid-19: 23,9%. Daí a importância de o modelo permanecer em reavaliação e aprimoramento de critérios, para que as restrições sejam sempre compatíveis com a real necessidade de cada região. "Teremos que conviver por alguns meses com o Distanciamento, que ora vai ser mais restritivo, ora vai permitir algum relaxamento", destacou Eduardo Leite.
No final da tarde, o Governo do Estado inclusive já disparou alerta sobre possíveis alterações que poderão ocorrer na próxima revisão de bandeiras, no sábado, caso regiões como as de Santa Maria e de Novo Hamburgo continuem com o nível de hospitalizações em alta. Até agora, nenhuma bandeira vermelha ou preta foi emitida no Rio Grande do Sul, desde a implantação do sistema.
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