Situação

Moradores do Guimarães I reclamam de problemas nos apartamentos

Proprietários têm lidado com prejuízos e incômodos causados pelas questões hidráulicas e na estrutura

Foto: Carlos Queiroz - DP - Problemas são diversos no residencial

Infiltração, mofo, trincas, vazamentos e estruturas internas danificadas. Esses são alguns dos problemas que os moradores do residencial Guimarães I relatam que têm reclamado à construtora do condomínio desde a entrega dos apartamentos há cinco anos. Mesmo assim, as falhas não estariam sendo sanadas adequadamente e os prejuízos nos imóveis estariam se acumulando. Uma vistoria técnica foi contratada pelos condôminos, sendo apontados erros no projeto e falta de qualidade dos materiais utilizados. A construção conta com 400 unidades de moradia.

"É muito complicado porque a gente chama eles e não dá nada, pagamos uma perita e ela veio aqui e condenou o condomínio", afirma Fernando Ramirez, síndico do Guimarães I. Ele declara que diariamente recebe reclamações dos moradores referentes aos mais variados problemas que vão desde questões hidráulicas até a aberturas caindo e inundações nos corredores. "O condomínio tem um custo altíssimo de manutenção. Não tem rede de esgoto, a desentupidora tem que estar vindo sempre e sem contar nas unidades que chove que nem na rua".

Devido à falta de soluções por parte da construtora, representantes públicos foram acionados e uma audiência pública foi realizada na Câmara de Vereadores há cerca de um ano e meio. Após a reunião, a solução apresentada teria sido uma pintura com um tipo de tinta impermeabilizante para reparar as infiltrações. "Mas piorou mais ainda", destaca o síndico. Além dos vídeos e fotos de cômodos repletos de mofo e goteiras, os moradores abriram suas casas e a reportagem constatou vazamentos e problemas em acabamentos.

Um dos moradores relata que acumula prejuízos devido às infiltrações dentro do apartamento. "Faz quatro que no meu apartamento chove como na rua e tem água direto nos fios. Teve momento que a água saiu pelas tomadas, já tomei até descarga elétrica", diz Igor Santos. No banheiro da unidade do empresário a água estava pingando dentro da luminária. Já na cozinha, as fendas abertas próximo ao teto são os vestígios das intervenções que estavam sendo realizadas pela construtora. "Agora é água fraca [de dia], quando chega a noite jorra. Minha advogada já calculou os prejuízos e deu R$ 60 mil em coisas como máquina de lavar e outros eletrodomésticos que queimaram. Tem outras coisas que foram danificando, como os meus móveis".

Questões do condomínio

No residencial há dois salões para eventos. Entretanto, o espaço localizado nos fundos do condomínio está inutilizado devido a rachaduras no piso e problemas no forro. Conforme moradores, o mesmo ocorreu com o salão da frente, que passou por manutenção há poucos meses. "Nos primeiros meses de entrega, o salão da frente foi interditado e eles terminaram de arrumar há seis meses", ressalta o síndico. Já no segundo ambiente, as manutenções estariam sendo executadas pela segunda vez.

Além disso, Ramirez reclama de um suposto vazamento que estaria gerando aumento de valores nas contas de água do condomínio. São dívidas com cifras de R$ 18 mil, R$ 36 mil e até R$ 100 mil. "O Sanep já veio, fez vistoria nos hidrômetros aqui e disse que estava tudo certo, o problema é que a água está saindo por algum lugar", aponta. No Residencial, as contas dos moradores são cobradas individualmente.

O que diz a construtora

De acordo com a empresa Porto5, o setor de pós-obra tem atuado diretamente dentro do condomínio diariamente, realizando as vistorias e consertos, os quais são de sua responsabilidade e estão cobertos pelas garantias apontadas no Manual do Proprietário. Confira o que a empresa diz:

"Dessa forma, todas as solicitações feitas pelos clientes seguem um procedimento, que precisa da abertura do chamado pelo site, marcação de vistoria e posteriormente é feito o conserto. Caso haja prejuízo ao morador é feito o pronto ressarcimento. Logo, entendemos que o nosso compromisso vem sendo mantido e cumprido, em todos os casos que fomos chamados, exceto aqueles em que o proprietário é o causador do problema. E nisso, criamos muitas insatisfações, porém continuamos a fazer o certo, ou seja, cumprir, estritamente, com a nossa obrigação. 

Ressalvamos ainda, que diversos chamados foram abertos em relação ao clima da cidade, que em alguns períodos do ano é extremamente úmido e provoca mofos em locais que não pegam sol. No que se refere ao conserto do salão de festas, estamos fazendo as reformas pertinentes para que o condomínio possa usufruir da melhor forma possível. Assim, como as limpezas dos prédios, pinturas da área externa e demais demandas que nos são solicitadas e vem sido cumpridas integralmente.

Por fim, em relação ao que foi alegado sobre problemas estruturais, a Porto5 mesmo tendo ciência da obra feita e da qualidade empregada, levou o engenheiro estrutural para realizar o laudo do local que foi entregue ao síndico na época, para acalmar o ruído entre os moradores, portanto, não há e nem nunca houve qualquer tipo de risco à estrutura do empreendimento", diz o esclarecimento da construtora.


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