Buracos

Moradores reclamam da precariedade em ruas do Fragata

Moradores da Gotuzzo relatam buracos e alagamentos há anos no local, sem indicação de solução

Foto: Carlos Queiroz - DP - Motoristas redobram atenção para evitar buracos

Por Victoria Fonseca
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(Estagiária sob supervisão de Vinicius Peraça)

Cascotes, restos de materiais de construção e até grama seca. Esses são os meios encontrados pelos moradores das ruas General Marinho da Silva e Machado de Assis, no bairro Fragata, como alternativa para tentar amenizar os buracos, que fazem parte de toda extensão das vias. Quando chove, segundo relatos, mais um problema surge: a água acumula até chegar nas casas.

Circular nestas duas vias da Gotuzzo não é tarefa fácil. Para evitar danos, é necessário que os veículos trafeguem em velocidade muito baixa, já que não há como desviar dos buracos de diversos tamanhos. A situação é ainda mais precária para quem reside no local e passa diariamente pelas dificuldades causadas pela falta de infraestrutura.

O aposentado Marcos Antônio Vieira é morador da General Marinho da Silva há 33 anos. Ele afirma que nessas três décadas a rua nunca esteve em um estado meramente aceitável. Mesmo que vários gestores tenham passado pela Prefeitura de Pelotas, os transtornos continuam os mesmos. "É daí para pior", afirma ao apontar para as crateras no chão. A rua um dia já foi pavimentada, no entanto, há vários anos o revestimento se dissolveu e atualmente é preciso atenção para notar os poucos pedaços que são vestígios do que um dia foi asfalto.

Para Vieira, a conjuntura do local não é somente uma questão de estrutura, que precisa ser resolvida, mas também de saúde. O aposentado relata que devido à falta de meios adequados para o escoamento de água, quando chove a rua fica alagada e o pátio das casas é invadido com resíduos das valetas. Resultado: ratos e baratas surgem nas residências. "Para mim é saúde, chove a água entra no pátio. Quando eu fiz a minha casa, fiz 30 centímetros mais alta. Agora está parelha com a rua, só sabem meter aterro", reclama.

A fim de tentar melhorar as condições, ele e os vizinhos colocam cascalho para preencher os buracos. No entanto, a tentativa não surte muito efeito. Conforme Vieira, a exigência da comunidade é por uma alternativa que recupere a via. "Não precisa nem ser asfalto, que colocassem pedra irregular, sei lá. A gente paga imposto aqui, não é de graça."

Demanda para a Prefeitura
Em novembro do ano passado, cansado de esperar por alguma revitalização na rua, um morador que pediu para não ser identificado foi à Prefeitura de Pelotas pessoalmente protocolar um pedido de manutenção. Até o momento, no entanto, a solicitação não foi atendida. "Pedi para que passasse a patrola aqui para melhorar a situação da nossa rua, que está bem complicada." Ele conta ainda que devido aos alagamentos e às irregularidades do chão, os gastos com manutenção em seu veículo são frequentes. "É muito precário. Revisão de carro toda hora, em dois toques vai a suspensão."

O morador ressalta que há muitos anos não há estrutura adequada, inclusive, nas ruas próximas. Paralela com a General Marinho da Silva, na rua Machado de Assis, a realidade é a mesma. Inclusive na esquina entre as duas vias, pedras enormes são utilizadas para sinalizar um buraco junto com pedaços de madeira. No local, o método é o mesmo, muda somente o material. Ao invés dos moradores utilizarem cascalhos, eles recorrem a grandes volumes de grama seca e restos de materiais de construções para preencher as deformações no chão de areia.

O que diz o governo
Por meio de Assessoria de Comunicação, o secretário de Obras e Pavimentação Giovan Pereira afirmou que a equipe técnica da Secretaria irá realizar vistoria nos locais ainda nesta semana para avaliar quais possíveis intervenções podem ser feitas para minimizar os problemas.​

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