Atualizada às 15h51min

A adaptação das projeções feitas pela Universidade Federal do Rio Grande (Furg) dos níveis do Canal São Gonçalo e Lagoa dos Patos em Pelotas pode ajudar os pesquisadores da Sala de Situação a antecipar os períodos mais ou menos críticos de alagamentos no Município.

A tendência é de que, na quarta-feira (22), os níveis no canal possam, novamente, ultrapassar os três metros, seguindo o modelo apresentado e adaptado. 

Fatores mais difíceis de monitorar, como intensidade e direção dos ventos, que têm exercido influência grande no comportamento das águas em Pelotas, podem fazer com que haja alterações ao projetado.

Para terça-feira (21), o vento nordeste e norte deve soprar entre os dez e 30 quilômetros por hora. Deve chegar à região, durante a noite, uma área de instabilidade que vem da campanha e da Argentina.

As chuvas devem se concentrar, inicialmente, entre Pelotas e o extremo-sul, e na quinta-feira (23), se deslocar pela Lagoa dos Patos em direção à Bacia do Guaíba. Em pontos da Lagoa Mirim, o acumulado para os próximos dias pode ser de até cem milímetros.

A cheia da Mirim, explicam os especialistas da Sala de Situação, manteve o fluxo do São Gonçalo à Lagoa dos Patos, o que pode ter ajudado a levar a inundação mais severa para fora da cidade de Pelotas.

Na sexta-feira (24), a tendência é que baixe o nível das águas em Pelotas, a depender dos ventos que devem variar bastante, devido às áreas de baixa pressão no Oceano.