A prefeitura lança no dia 26 de abril a segunda licitação para 11 linhas do transporte rural de Pelotas. A primeira ocorreu em fevereiro e foi frustrada. Mesmo tendo contado com duas visitas técnicas, nenhuma empresa participou. Em função disso alguns itens foram modificados, sobretudo com relação ao subsídio do município na passagem. O edital foi publicado nesta quarta-feira (21).

O titular da Secretaria de Transporte e Trânsito (STT), Flávio Al Alam, explica que nessa licitação as empresas terão mais garantia com relação ao pagamento do subsídio. Se a prefeitura não fizer o repasse por mais de 60 dias, a empresa poderá cobrar a tarifa de renumeração do usuário. Ou seja, a tarifa volta a subir enquanto o município não pagar o que deve. Na medida em que quitar o débito, o valor da passagem cai novamente para os R$ 3,35, mesmo cobrado no perímetro urbano.

Al Alam recorda que com o fator de equalização aplicado ao Consórcio do Transporte Coletivo de Pelotas, uma conta especial foi aberta para receber o subsídio ao transporte rural. A Bosembecker, responsável pela linha Baquini, Monte Bonito, Wilson Müller e Rincão da Cruz, opera há mais de 60 anos e tem interesse em se manter no segmento rural, mas, segundo a proprietária da empresa, Adriana Bosembecker, tem de haver viabilidade, o que não considerou possível em fevereiro.

Pelo levantamento de custos o subsídio oferecido pela prefeitura não era suficiente para arcar com a despesa da empresa. "Não havia viabilidade financeira, por isso não participamos", diz. A outra empresa foi a Nossa Senhora Conquistadora. As linhas para a colônia contam com 14 ônibus, mais dois reservas, salienta o secretário. Ele fala ainda que a ideia é dar mais visibilidade para a licitação, para atingir também empresas de fora. O valor do contrato é de mais de R$ 3,5 milhões ao ano.