Ajuda
O incentivo que vem da vivência em grupo
Narcóticos Anônimos faz reuniões para auxiliar pessoas que enfrentam problemas com drogas
Divulgação -
No Brasil existem 1.641 grupos de Narcóticos Anônimos, que realizam cerca de 4,5 mil reuniões periódicas. A irmandade mundial sem fins lucrativos se espalha por 131 países, com mais de 58 mil encontros semanais. Só em Pelotas, três grupos se dedicam a ajudar homens e mulheres que enfrentam problemas com as drogas a se manterem limpos. Aqui, são mais de cem participantes. As reuniões são abertas a quem deseja parar e encontrar uma nova maneira de viver, e não existem matrículas nem taxas.
Para ingressar no grupo, questões como idade, situação financeira, raça, crença ou orientação sexual não importam. Também não é de interesse dos membros as substâncias utilizadas, nem o passado alheio. "Para nós, o importante é o desejo de querer parar de usar", explica um dos representantes da NA em Pelotas, participante há cinco anos. Eles se denominam representantes, pois se trata de uma sociedade sem liderança efetiva, ou seja, não há um governante ou líder. Os participantes têm uma característica em comum: todos passaram pelo mesmo problema e precisam encontrar motivações para escapar.
De acordo com os representantes, a NA é um programa de autoajuda, com terapias grupais e com base na liberdade de dicção ativa. Lá, cada um conta sua história e fala o que aconteceu em sua vida, relatando quando perdeu o foco e como foi chegar ao fundo do poço devido às drogas. Não há a presença nem envolvimento de conselheiros e médicos - já que eles não recomendam internações - nas reuniões, apenas adictos que mantêm uma relação de igualdade entre si. Portanto, a confiança é uma característica essencial.
Para participar, basta querer dar um fim no seu vício em drogas. Começar esse processo de limpeza precisa começar cedo, através do contato com a vida real. "A gente entende a doença lá", conta o representante, que participa das reuniões há mais de uma década. A metodologia acionada se utilizada de passos, tradições e conceitos para trabalhar o autoconhecimento. Cada adicto conta com o auxílio de alguém que frequenta o programa há mais tempo, chamado de padrinho. "No desespero, se pede ajuda", frisa.
Para quem é escravo dessa doença comportamental, saber que há amparo em algum lugar é motivador. Por isso, se parte do pressuposto de que se vive só por hoje, buscando recuperar as boas relações do passado e mudar a maneira de enxergar o mundo. Mas os representantes ressaltam que a mensagem só é levada a quem realmente quer. É preciso querer se transformar. Para tanto, as portas da sociedade estão sempre abertas: "a gente faz parte da solução".
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