Tratamento
Obras da ETE Novo Mundo são retomadas
Depois de quatro anos interrompidas, atividade é retomada; condições climáticas atrapalham a terraplanagem
Paulo Rossi -
Após quatro anos de abandono, as obras da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) finalmente começaram. Ainda em fase de terraplanagem, o projeto deverá ser entregue em setembro do ano que vem, de acordo com o planejamento do Sanep e da Crivelatti Engenharia S/A.
Porém, apesar de iniciadas, na tarde desta terça-feira (24) as obras estavam paradas. Os dois contêineres, que atualmente servem de escritórios improvisados, e o maquinário da empresa responsável pela obra não estavam operando. De acordo com o diretor-presidente do Sanep, Alexandre Garcia, o motivo para a interrupção momentânea é a chuva dos últimos dias.
Segundo ele, a fase de terraplanagem precisa de controle de umidade, tanto para a área trabalhada não ser prejudicada, quanto para os caminhões terem acesso à obra. Até aqui, com cerca de um mês e meio de trabalhos, já foram colocados 11,3 mil metros cúbicos de aterramento, equivalente a cerca de 800 cargas.
O aterramento se dá para a ETE ficar a apenas 30 centímtros abaixo da rua Francisco Caruccio, hoje esse desnível é bem maior. Segundo Garcia, a medida se dá para evitar alagamentos no futuro espaço. Após a parte de terraplanagem, começa a construção dos prédios que no futuro serão os escritórios da ETE.
Para Garcia, o andamento está satisfatório, apesar dos imprevistos climáticos. Segundo ele, até mesmo nos sábados e em um domingo a obra andou. "Não há motivos para acreditarmos em atraso", comenta. A placa localizada à beira da obra estima a conclusão no dia 12 de setembro de 2019 e investimento no valor de R$ 16.779.331,00.
A estação
O primeiro módulo da obra terá capacidade para tratar cem litros por segundo, podendo chegar a até 300 litros no futuro. O projeto inicial irá beneficiar cerca de 80 mil pessoas da Zona Norte. Assim, o índice de esgoto tratado em Pelotas passará dos atuais 18% para 32%, conforme dados do Sanep.
Imbróglios
A obra teve contrato assinado em 2012, mas os trabalhos foram paralisados em fevereiro de 2014. Em setembro do mesmo ano, o contrato foi cancelado. A então responsável, Sanenco, alegou ter encontrado problemas no projeto, contestando valores e solicitando reajustes, sem acordo. Naquele ano, a obra deveria ter sido entregue, mas só a terraplanagem havia sido iniciada.
A obra é realizada com verba dividida entre o município e a união. No momento de assinatura do contrato, 22 de fevereiro deste ano, os custos divulgados foram de R$ 20 milhões, sendo R$ 10,1 milhões do Sanep e o restante verba federal. As intervenções no local tiveram início em 12 de março.
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