Lentidão

Obras na Ponte do Costa permanecem paralisadas

De mão única, a atual ponte apresenta limitações tanto na largura quanto na altura, o que restringe a utilização por caminhões grandes, por exemplo

Infocenter -

 

As obras da nova Ponte do Costa, na ERS-702, principal acesso ao município de Piratini, permanecem paradas. Desde o final de outubro de 2018, a empresa responsável pela construção - a Traçado Arquitetura e Engenharia -, abandonou o projeto, previsto de ser concluído em fevereiro deste ano. Além de não atender ao antigo anseio da comunidade, o local é perigoso e, segundo registros, os acidentes são constantes. O caso agora também será tratado por deputados estaduais na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (AL/RS). O Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), órgão responsável pela obra, desde novembro tenta um acordo com a empresa vencedora da licitação, mas continua sem prever a retomada do serviço.

De mão única, a atual ponte apresenta limitações tanto na largura quanto na altura, o que restringe a utilização por caminhões grandes, por exemplo. É o caso das carretas que transportam madeira e soja, duas das principais atividades produtivas do município. "A estrutura está bastante danificada. O que deveria ser um caminho para o nosso desenvolvimento, acaba sendo um obstáculo", comenta o prefeito Vitor Rodrigues (PDT).

Com 149 metros de comprimento, a nova ponte foi projetada com mão dupla, o que significa mais segurança a quem passa no local. As obras se iniciaram em janeiro do ano passado e, em março, a conclusão era de 60% do projeto.

Paralisia

As ações paralisaram logo após o período eleitoral, em outubro. A ponte já foi motivo de várias audiências com o Daer e a Secretaria Estadual dos Transportes, enumera o prefeito. Ao gestor foi comunicado que o recurso estaria garantido exclusivamente para a obra. Hoje, contudo, o canteiro está totalmente parado.

Por estar afastado de grandes centros, a nova estrutura, projetava a administração do município, daria um fôlego à economia local. "Já não temos a vantagem por estar longe, precisamos ter uma condição que seja atrativa para investidores. É um ponto que nos traz um atraso muito grande", reforça.

Vitor também cita o envolvimento de organizações, como a Azonasul, o Corede Sul, as lideranças regionais e o segmento empresarial, que convergem para a necessidade do projeto. Além do setor primário, principal fonte de recursos do município, a nova estrutura pode alavancar o turismo, considerando a importância histórica da primeira Capital Farroupilha.

"É decepcionante. A gente espera que o novo governador (Eduardo Leite - PSDB), por ser da região, também tenha um olhar especial pra região tão esquecida nos últimos governos", pede o prefeito.

Assunto será levado à Assembleia

A Comissão de Segurança e Serviços Públicos da AL/RS fará uma audiência pública para tratar do assunto. A proposição é da deputada Luciana Genro (PSOL) e também é articulada por Juliana Brizola (PDT). Será no dia 15, em Porto Alegre, e contará com a presença de autoridades de Piratini, como o prefeito Vitor Rodrigues, o presidente da Câmara de Vereadores, Altino Alexis Reyes de Matos, e um representante dos pequenos agricultores do município, Pedro Stein. Para a audiência, também será chamado o presidente do Daer, Rogério Uberti.

Sem previsões

Em nota enviada pela assessoria de imprensa ao Diário Popular, o Daer informou que a obra paralisou por causa de um impasse relacionado a valores solicitados pela empresa. Um acordo entre o que é pedido e aquele estabelecido por uma tabela oficial do Daer estaria sendo negociado. As conversas, porém, já duram mais de cinco meses e não há data prevista para o reinício das obras. A nova Ponte do Costa foi orçada em mais de R$ 6 milhões, conforme Portal da Transparência do Estado.

Argumentos

Em reportagem publicada em novembro do ano passado, uma fonte ligada à Traçado Arquitetura e Engenharia disse que a interrupção foi motivada por questões complexas. Uma delas era a necessidade de aditivos no projeto inicial. As condições para realizar o trabalho e a validação para fazer o processo produtivo funcionar eram os principais argumentos. Isso porque o proposto inicialmente não era viável na prática, assim seriam necessárias alterações.

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