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Pelas mãos femininas

Feira do Artesanato de Rua expôs bancas de trabalhos manuais feitos por mulheres

Carlos Queiroz -

Um trabalho feito unicamente por mãos femininas: a Feira do Artesanato de Rua - Mulheres Empreendedoras ocorreu na sexta-feira (31) no Largo Edmar Fetter, no Mercado Central de Pelotas. A iniciativa integrou a Semana Municipal de Combate ao Feminicídio e Violência Contra a Mulher. A Coordenadoria de Políticas Públicas para a Mulher foi responsável pelo evento, que começou na segunda-feira e se estendeu até o último dia útil da semana. Outras ações, como rodas de conversa, exposições e espaços para acolhimento de mulheres, também fizeram parte. O órgão já visualiza resultados positivos.

O protagonismo feminino por meio da produção própria foi um dos pilares da feira. Os mais de 40 estandes montados no Mercado Central abrigaram as produtoras, que também visam a promoção da independência feminina. Figuras únicas que buscam apropriar-se dos locais que as pertencem. Luciene Ribeiro, dona do Ateliê Vida e Arte, veio da Paraíba em 2001 e faz parte de um projeto que tem como objetivo a geração de renda. Nos próximos meses, ela viajará ao sertão do Rio Grande do Norte. Os mais de 3,9 mil quilômetros de estrada serão enfrentados com o destino de oferecer oficinas de corte e costura, somente para mulheres de camadas sociais mais baixas. "O projeto dura seis meses, mas pretendo ficar quase um ano pra ajudar o máximo possível as mulheres de lá", contou.

As técnicas de costura abrangem diversos estilos: bordados, tricô e crochê são alguns deles. O período maior de tempo em que Luciene ficará no local será para ensinar o estilo que cada mulher se identificar mais. A mistura de culturas também esteve presente no estande montado pela Yuki Mizuno. A viagem do Japão para o Brasil foi feita há 15 anos. Desde 2016 ela vende origamis, dos mais diversos tamanhos, aqui em Pelotas. "Eu aprendi a fazer com uns cinco anos de idade, lá é algo bem comum, aprendemos na escola mesmo", relembrou. As produções vão de 1,5 centímetros quadrados até o que as medidas que o cliente pedir. Entretanto, Yuki revelou que prefere os modelos de menor tamanho: "quando eles ficam prontos, eu fico surpresa com o resultado. Se puder faço só as miniaturas", brinca. Ela anuncia os origamis na página do Facebook Origami Mimo.

A produção independente também faz parte da rotina da Vanderleia Batista. No último mês de setembro, ela começou a procurar vídeos tutoriais de filtros dos sonhos. Hoje, ela mantém uma loja online de vendas. O objeto simbólico é lembrado por ser um captador de sonhos ruins, que durante as noites de sono ficam guardados no centro do traçado de fios. "Já recebi pedidos de mães que queriam pros filhos que tinham muitos pesadelos", ressaltou. E o retorno é positivo: ela conta que recebe mensagens de relatos nos quais os clientes passaram a dormir melhor depois de pendurarem filtros.


Enfrentamento à violência contra a mulher

A responsável pela Coordenadoria de Políticas Públicas para a Mulher, Myryan Viegas, ressaltou que a Semana Municipal de Combate ao Feminicídio e Violência Contra a Mulher obteve resultados positivos. Durante os cinco dias, foram realizadas rodas de conversa na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e na Brigada Militar, instruindo os profissionais. O portal virtual Fale Sobre Você foi lançado no primeiro dia de evento e pode ser encontrado no site da prefeitura de Pelotas.

Durante a sexta-feira, uma banca de Plantão de Acolhimento foi montado pelo Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência, instituição voltada ao acolhimento e à promoção de um espaço informativo sobre as diversas formas de violência. Localizada na rua Barão de Itamaracá, 690, o serviço atua como um abraço às vítimas, com atendimento psicológico individual e em grupo gratuito. Qualquer mulher pode se dirigir ao local, tanto para obter informações como auxílio em casos de violência. Outras informações podem ser obtidas nos telefones 3279-4240 e 3279-4713.

 

 

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