Saúde

Pelotas recebe medicação para HIV-Aids

Previsão é de que a partir desta quarta-feira, os remédios possam recompor os estoques do SAE

A angústia dos pacientes de HIV-Aids que fazem uso da medicação Zidovudina + Lamivudina deve se encerrar até o fim desta semana. O antirretroviral - em comprimido e em solução oral -, que deveria ter chegado entre o final de dezembro e o início de janeiro, finalmente está disponível na 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS). A previsão é de que a partir desta quarta-feira, os remédios possam recompor os estoques dos Serviços de Atendimento Especializado (SAE) de Pelotas e de Rio Grande, referências à Zona Sul.

A estimativa é de que só no SAE, gerenciado em uma parceria entre a prefeitura e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel), mais de 200 pessoas estejam no aguardo deste remédio. “É uma grande preocupação. A gente sabe que a medicação está acabando e não é algo que se possa comprar em farmácias”, resume uma moradora que prefere não se identificar.

E os atrasos têm sido recorrentes. Quem afirma é a responsável pela Unidade Dispensadora de Medicamentos (UDM) do SAE, Camila Cavalheiro Sica. Há cerca de um ano, a farmacêutica vê os diferentes pedidos não serem entregues nas datas previstas. E pior: se vê entre versões desencontradas do governo do Estado e da União, que criam um jogo de empurra-empurra para justificar os atrasos.

“Não sabemos qual o problema. É falta de compra? De equipe? De recurso?”, indaga-se Camila, que fica em contato direto com os pacientes e seus familiares. Nos últimos dias, para evitar o desabastecimento, farmacêuticos de diferentes municípios trocaram informações para remanejo de medicamentos que pudessem suprir a demanda. Um artifício que, não raro, também se esgota.

Sem respostas
O Diário Popular fez contato com a assessoria de Imprensa do Ministério da Saúde, em Brasília, e com a Secretaria Estadual de Saúde, em Porto Alegre, mas ficou sem explicações sobre os repetidos atrasos e sem respostas quanto à solução. Na tarde desta terça-feira, a única confirmação foi obtida com a 3ª CRS de que a medicação Zidovudina + Lamivudina (Biovir), finalmente, havia chegado a Pelotas. Um alento aos portadores do vírus HIV e aos doentes de Aids.

Reviamente definido
A definição de quais medicações e quantidades devem ser liberadas para cada cidade brasileira está diretamente relacionada com as notificações que alimentam o sistema nacional de HIV-Aids. Os governos federal e estadual, portanto, não deveriam surpreender-se com os repasses a serem feitos ou com a demora na destinação das medicações, fundamentais para qualidade de vida dos pacientes.

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