Alívio

Pelotas registra 64 milímetros de chuva

Média histórica do mês de abril no município é de 101 mm; ventos chegaram a 70 km/h

Divulgação -

Na madrugada de quarta (1) para quinta-feira (2), Pelotas registrou 64,2 milímetros de chuva. Os dados são do Centro de Pesquisas Meteorológicas da Universidade Federal de Pelotas (Cpmet/UFPel). Apesar de não apresentar resultados imediatos na Barragem Santa Bárbara, por exemplo, há expectativa que as precipitações na zona rural e em municípios vizinhos faça com que mais água desemboque no local, projetam técnicos do Sanep. 

Nesta sexta-feira, existe a possibilidade de mais chuva durante o dia. Com rajadas de vento que chegaram aos 70 km/h, a Lagoa dos Patos recuou e modificou o cenário da Praia do Laranjal. Em vídeos que circularam nas redes sociais, pessoas romperam o isolamento e caminharam pelas bancos de areia formados embaixo do Trapiche. 

Conforme Eliton Lima de Figueiredo, meteorologista do Cpmet/UFPel, o vento também deve permanecer nesta sexta-feira. “Temos possibilidade de chuva durante o dia e o vento também deve continuar amanhã. No sábado e domingo, o tempo melhora com mínimas de 15ºC e máximas entre 25º C e 27º C”, prevê. 

Com base na média histórica para o mês de abril em Pelotas, de 101 mm, a chuva registrada entre os primeiros dois dias passam da metade do previsto para o período, que não costuma ser um mês chuvoso. Na próxima semana, avisa, mais chuva deve chegar na cidade.

Chuva é bem vinda

O diretor-presidente do Sanep, Alexandre Garcia, informou que a última medição da barragem apontava para 2,96 metros abaixo do nível desejado. Na segunda-feira, a medição apontava para 2,92 metros. “Na prática ganhamos um dia. Mas como na Zona Rural a chuva foi maior, a contribuição nos próximos dias também deve crescer. Até o momento nada tão significativo, mas qualquer chuva é muito importante neste momento”, manifestou. Na Barragem, o registro de chuva foi de 55 milímetros. 

Adutora rompida deixa o Fragata sem água

Até a tarde desta quinta-feira, a casa onde Elisabeth Kunze, 62, mora com o marido completava quatro dias sem água. Localizada no Fragata, nas imediações do Cemitério Ecumênico de São Francisco de Paula, a idosa precisou utilizar baldes para pegar água da chuva. “Estamos comprando água pra beber, pra fazer comida. Mas é impossível, a gente está pedindo socorro”, reclama. 

A moradora diz entender a situação da estiagem e dos atuais níveis da Barragem, no entanto sofrem com a incerteza de poder lavar as mãos em meio ao medo também transmitido em tempos de coronavírus. “A gente aqui em casa raciona. Usava a água da máquina de lavar roupas pra limpar a calçada, mas nem a roupa estou podendo lavar”, conta. 

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Na noite do dia 31, equipes do Sanep detectaram o vazamento em uma adutora próximo da avenida Presidente João Goulart, no Distrito Industrial. No reparo, que durou mais de 27 horas, foram detectados outros dois vazamentos, que também precisaram ter o encanamento substituído. O terceiro e último vazamento teve o conserto finalizado perto das 13h desta quinta-feira. Para os condomínios do bairro, o Sanep informou que enviaria caminhões pipa para abastecimento destes reservatórios, o que facilita a água de chegar nas demais residências. 

A média de consumo do Fragata é de 30 milhões de litros por dia. Em tempos de quarentena e isolamento social, o consumo tem aumentado em toda a cidade em cerca de 20% a 30%, o que também acontece em outros municípios brasileiros. 

Quando a chuva não é bem vinda

Para os moradores da rua Mostardas, no Laranjal, a chuva trouxe consigo problemas e resíduos de uma nova rua construído no loteamento Amarílis. Um vídeo gravado por uma moradora da rua mostra a água invadindo sua cozinha, a garagem e parte de um quarto. Antes da construção do loteamento, lembra, isso não acontecia. Em setembro de 2019, o problema também foi relatado. 

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O proprietário e responsável pelo empreendimento, Linomar Navarini, garantiu que as novas ruas formadas dispõem de drenagem pluvial e mandaria operários para realizar a limpeza no local, que fica na esquina da rua Tapes com Mostardas. 

# Cuide da água

Continua valendo em Pelotas o decreto de restrição do uso de água. Fica proibido o uso para lavagem de carros, calçadas, pátios e a rega de plantas. 

 

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