Resistência

Pelotas também faz eco ao Grito dos Excluídos

Mobilização ocorreu junto ao Parque Dom Antônio Zattera, na Bento Gonçalves

Paulo Rossi -

Este sistema não vale. Lutamos por direitos, liberdade e justiça. É essa a voz que ecoa em cerca de 200 cidades do país neste 7 de Setembro marcado pelo 25º Grito dos Excluídos. Em Pelotas, o ato convocado pela Cáritas e as Pastorais Sociais da Igreja Católica ganhou o apoio de movimentos sociais e populares. A mobilização foi realizada no Parque Dom Antônio Záttera, na avenida Bento Gonçalves, no mesmo momento em que ocorria o desfile militar pela Independência.

Com faixas de protesto pelos cortes no orçamento que ameaçam o funcionamento de instituições federais de Ensino Superior e com materiais de divulgação contra várias medidas adotadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o manifesto se transformou em mais uma oportunidade para dizer "Não" - Não vale violência. Não vale intolerância. Não vale preconceito. Não vale ódio. Não vale corrupção. Não vale guerra. Não vale feminicídio. Não vale latifúndio. Não vale racismo. Não vale miséria. A mobilização também destacou - e repudiou - a devastação e as queimadas na Amazônia.

Reforma da Previdência, sucateamento da saúde pública e os recorrentes cortes na educação - e também nas pesquisas científicas - foram alguns dos principais pontos de críticas, em diferentes manifestações ao microfone. "A transformação social que tem que acontecer é a partir deste Grito, a partir da manifestação da União Nacional dos Estudantes, pelo SOS Amazônia e pela Educação. É o povo na rua que vai transformar", defendeu o coordenador da Cáritas Arquidiocesana de Pelotas, professor Reinaldo Tillmann.

A palavra união também voltou a aparecer nos discursos, assim como tem ocorrido nos dias de Greve Geral. "Nós vamos juntar todas as nossas forças, todas as nossas lutas para conseguirmos derrubar este sistema. Não podemos ficar com receio", afirmou um dos integrantes da diretoria da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pelotas (ADUFPel), Avelino Oliveira. "Não podemos achar que temos pouca força. Nós vamos fazer frente a isso, sim".

Representantes do Diretório Central de Estudantes (DCE) da UFPel , do Coletivo Juntos, da Frente Brasil Popular, do Levante Popular da Juventude e da Frente Brasil Povo Sem Medo foram alguns dos que fincaram posição durante o 25º Grito dos Excluídos, no final da manhã deste sábado chuvoso, em Pelotas.

 

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